"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

CÂMARA ESQUECE DE TIRAR MARCA DO PREÇO DE MP

 


A Câmara aprovou na noite passada a medida provisória 615. Enviada por Dilma Rousseff com 16 artigos, seguiu para o Senado com 49. Virou uma árvore de Natal. Embute medidas que vão do parcelamento de débitos tributários de empresas e bancos à conversão de licenças de táxis num direito de herança, passando pela autorização para que agentes penitenciários portem armas fora do serviço.
 
Quando a MP chegou ao plenário, nem os líderes partidários sabiam exatamente o que tinha dentro dela. Vinha de uma comissão especial que tivera como relator o senador Gim Argello (PTB-DF). O ruim poderia ter ficado muito pior. O texto de Gim foi parcialmente desossado. Retirou-se da proposta, por exemplo, um refresco servido aos times de futebol endividados, a regularização de terras invadidas por templos religiosos no DF, seis meses de salário extra para parlamentar não reeleito…
 
Retira daqui, suprime dali, os deputados esqueceram de tirar da MP a marca do preço. Deve existir, escondida no subsolo da Câmara, uma escola de malandragem e desfaçatez. Não é possível que que tantos deputados já nasçam professores.

10 de setembro de 2013
Josias de Souza, UOL

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