"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

SEGOVIA É INTIMADO A EXPLICAR AO SUPREMO SUAS DECLARAÇÕES "INOCENTANDO" TEMER

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Relator do inquérito, Barroso imediatamente reagiu
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, a explicar declarações dadas em entrevista sobre investigação sobre o presidente Michel Temer. Em entrevista à agência Reuters, Segovia disse que a tendência na PF é recomendar o arquivamento da investigação, na qual Temer é suspeito de beneficiar a empresa Rodrimar em um decreto que renovou concessões no Porto de Santos. À TV Globo, Segovia disse, por telefone, que vai comparecer ao gabinete do ministro Barroso, levando a transcrição da entrevista à Reuters, e vai dizer que suas declarações foram mal interpretadas pela imprensa.
Ele disse que não tem, nem teve, a intenção de interferir na investigação ou no trabalho do delegado. Em carta a servidores da PF, Segovia negou ter dito que o inquérito será arquivado e disse que a equipe responsável pelo caso tem “toda a autonomia e isenção”.
CONDUTA IMPRÓPRIA – Para Barroso, no entanto, a conduta de Segovia na entrevista “é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal”.
O ministro entendeu que na entrevista o diretor da PF ameaçou o delegado responsável pelo caso, “que deve ter autonomia para desenvolver o seu trabalho com isenção e livre de pressões”.
Considerou também que a investigação ainda tem diversas diligências pendentes, “razão pela qual não devem ser objeto de comentários públicos” e que, como relator do caso, ainda não recebeu relatório final” do delegado Cleyber Malta Lopes nem parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que conduz a investigação. Por fim, Barroso determinou, na intimação, que, além de prestar esclarecimentos, Segovia deverá se abster de novas manifestações sobre o caso.
DELEGADOS REAGEM – Delegados do grupo de inquéritos da Lava Jato reagiram à fala de Segovia. Em troca de mensagens em grupo de whatsapp, investigadores disseram que as declarações de Segovia são manifestação pessoal e de responsabilidade dele.
A mensagem diz, ainda, que ninguém da equipe de investigação foi consultado ou referendou essa manifestação.
“Ninguém da equipe de investigação foi consultado ou referenda essa manifestação, inclusive pelo fato de que em três de anos de Lava Jato no STF nunca houve uma antecipação ou presunção de resultado de investigação pela imprensa”, diz a mensagem.

11 de fevereiro de 2018
Renan Ramalho e Vladimir Netto
G1 e TV Globo, Brasília

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