Em nota enviada aos servidores da Polícia Federal, o diretor-geral da corporação, Fernando Segóvia, negou que tenha previsto o arquivamento de um inquérito que investiga o presidente Michel Temer, durante entrevista concedida à agência Reuters. No comunicado aos colegas, Segóvia afirma que as investigações contam com “autonomia e isenção” e disse que confia nas equipes da PF.
A afirmação de Segóvia é uma resposta ao ministro Luís Roberto Barroso, que neste sábado (10) determinou a intimação do diretor-geral após as declarações dadas à Agência Reuters e publicadas no portal da empresa jornalística.
INDÍCIOS FRÁGEIS – Na entrevista, o delegado Segovia disse que os “indícios são muito frágeis” e sugere que o inquérito “pode até concluir que não houve crime” de Temer.
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, Segóvia “responderá diretamente” a Barroso sobre o assunto na próxima quarta-feira (14).
“Afirmo que, em momento algum, disse à imprensa que o inquérito será arquivado. Reafirmo minha confiança nas equipes que cumprem com independência as mais diversas missões. É meu compromisso na gestão da PF resguardar os princípios republicanos. Asseguro a todos os colegas e à sociedade que estou vigilante com a qualidade das investigações que a Polícia Federal realiza, sempre em respeito ao legado de atuações imparciais que caracterizam a PF ao longo de sua história”, disse Segóvia no comunicado.
FEDERAÇÃO PROTESTA – Após o episódio, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se posicionou contrariamente às declarações. Segundo o presidente da entidade, Luís Boudens, o diretor Segóvia “extrapolou” as suas funções ao se manifestar sobre questões internas de uma investigação criminal ainda em andamento.
Além de pedir uma retratação pública por parte do diretor-geral, a Fenapef expressa “sua discordância e preocupação com as declarações atribuídas ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, em entrevista concedida à Agência Reuters de Notícia, sobre as investigações envolvendo o atual Presidente da República”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Segovia está jogando no lixo a imagem da Polícia Federal que o delegado Leandro Daiello construiu de maneira esplêndida, numa gestão impecável que durou quase sete anos. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Segovia está jogando no lixo a imagem da Polícia Federal que o delegado Leandro Daiello construiu de maneira esplêndida, numa gestão impecável que durou quase sete anos. (C.N.)
11 de fevereiro de 2018
Deu na Agência Brasil
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