"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

RAQUEL DODGE EXPÕE TEMER, LOURES, YUNES E SAUD NO PALCO CENTRAL DO SUPREMO

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Charge do Nani (nanihumor.com)
Reportagem de André de Souza, Letícia Fernandes e Cristiane Jungblud, em O Globo desta terça-feira, destaca a representação de Raquel Dodge ao Supremo Tribunal Federal para que possa ouvir depoimentos de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, José Yunes e Ricardo Saud, entre outros personagens, no inquérito instaurado pela Procuradoria-Geral da República, herança de Rodrigo Janot. O Presidente da República elogiou a iniciativa da procuradora Geral, dizendo que, agora sim poderá exercer seu direito de defesa.
Equivocou-se. O direito de defesa nunca lhe foi negado, tanto assim que foi ouvido pelo Supremo Tribunal Federal, escala que antecedeu o pedido de autorização junto à Câmara Federal para que viesse a ser julgado. O julgamento seria realizado pelo STF, mas Michel Temer empenhou-se a fundo e conseguiu bloquear a sequência dos acontecimentos, impedindo assim seu próprio julgamento perante a Corte Suprema.
ARGUMENTO FALSO – Atinge as raias do absurdo o Presidente da República sustentar que não pode exercer seu direito de defesa. Se qualquer pessoa comum tem direito a se defender, quanto mais o presidente do país. Soa falso esse argumento que pretensamente Michel Temer apresentou na tentativa de reduzir o verdadeiro impacto da representação de Raquel Dodge. Basta ver ao lado de quem vai depor em sua defesa: Rocha Loures e José Yunes. Faltou apenas, no caso, a inclusão do ex-ministro GedDel Vieira Lima.
A opinião pública logicamente formula uma questão se a mala da noite paulista tinha como endereço o apartamento de Salvador.             Essa pergunta certamente será desenvolvida ao longo da investigação que Raquel Dodge terá de realizar ao tomar os depoimentos do presidente da República, de Rocha Loures, de José Yunes, este último focalizado também por Eduardo Cunha, pouco antes de ter decretada sua prisão.
O HOMEM DA MALA – Relativamente a Rocha Loures, o que poderá ele dizer sobre a corrida em frente a Pizzaria camelo? Um problema a ser resolvido pela própria Procuradora Geral da República. Da mesma forma aplica-se a José Yunes interrogação semelhante a ser caracterizada por Rachel Dodge.
Portanto, não se identifica motivo suficiente para dizer que a nova procuradora-geral da República devolveu a Michel temer o direito de defesa que lhe teria sido negado. Na verdade, ele, Michel Temer, foi quem nunca decidiu defender-se de forma convincente.
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CRÍTICA À PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS
O ex-presidente do Conselho de Administração da Eletrobrás, José Luiz Alqueires, em entrevista a Rodrigo Polito, Valor de ontem, criticou a forma que está sendo adotada pelo ministro Fernando Coelho Filho, titular de Minas e Energia, para privatizar a holding de energia elétrica. Para Alqueires, o processo não devia ter característica imediatista para levantar recursos destinados ao Tesouro Nacional. É preciso olhar para o futuro e avaliar claramente o sistema elétrico nacional moderno e sustentável a longo prazo. Alqueires acrescentou que o tema está sendo invadido por um mar de ignorantes e lobistas.
Na entrevista, Alqueires admitiu a possibilidade de se candidatar as eleições de 2018, caso o STF admita a possibilidade de candidaturas avulsas.  Se tal possibilidade vier a se concretizar, terá que ser acompanhada de uma ampla reforma da legislação eleitoral. Acabaria, por exemplo, a obrigação de filiação partidária e também mudaria a distribuição de recursos do fundo partidário e a divisão da propaganda gratuita no rádio e na televisão.

04 de outubro de 2017
Pedro do Coutto

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