CIÇO PERDEU CARGOS NOS CORREIOS E DNPM POR REJEITAR REFORMA
Os deputados federais alagoanos que votaram contra a reforma trabalhista, na semana passada, andam preocupados com o início do cumprimento da promessa de retaliação feita pelo Palácio do Planalto à traição a um dos principais projetos do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Todos os que mantêm afilhados políticos em cargos de confiança nos órgãos federais devem perder as indicações. E as exonerações começaram nesta terça-feira (2).
Entre o dia 26 e 27, seis dos nove deputados federais alagoanos votaram contra a reforma trabalhista de Temer. Uma pequena parte deles mantêm indicações em órgãos federais, a exemplo do deputado federal Cícero Almeida, o Ciço (PMDB-AL), que já começou a perder hoje os cargos que indicou com a anuência de seu padrinho político, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Até hoje, era do deputado Ciço, por exemplo, a indicação de Ranilson Pedro Campos Filho, para a Superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) de Alagoas e de Edmilson Bezerra da Silva, para a Diretoria Regional dos Correios, no Estado.
Mas a exoneração de Ranilson do comando regional do DNPM foi publicada no Diário Oficial da União desta terça, após cinco dias de sua nomeação. E Edmilson será exonerado dos Correios, pouco mais de duas semanas depois da posse.
O afilhado de Renan foi derrotado na disputa pela Prefeitura de Maceió, em 2016, e está de malas prontas para ingressar no PTN, com a promessa de assumir a indicação do comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) de Alagoas. Mas o Planalto já descarta entregar ao deputado o órgão do Ministério da Saúde, mesmo com Ciço tendo demonstrado que não o interessa mais a aliaça com Renan, apesar de inelegível por condenação por improbidade.
O fato de o PTN ter cinco deputados que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara também pesa contra o futuro do parlamentar na base de Temer.
OUTROS ALVOS
Além de Cícero Almeida, os seguintes deputados votaram contra a reforma: Givaldo Carimbão (PHS-AL), João Henrique Caldas (PSB-AL), Paulão (PT), Ronaldo Lessa (PDT-AL) e Rosinha da Adefal (PTdoB).
O coordenador da bancada federal, Ronaldo Lessa, deixou como herança de sua aliança com Dilma Rousseff a sua indicação de Israel Lessa para o comando da Superintendência Regional do Trabalho em Alagoas (SRTE/AL). Oposicionista, Lessa alega que a bancada assumiu a indicação de seu primo para a superintendência do Ministério do Trabalho, após o PDT exigir a entrega do cargo.
O deputado Paulão também deu ao governo Temer alguns cargos de confiança do petista e do senador Renan Calheiros, a exemplo do gerente executivo do INSS, Edgar Barros dos Santos, e do diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti; este último um técnico e funcionário de carreira.
Após deixar o comando da Secretaria da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Justiça, para assumir a suplência na Câmara dos Deputados, Rosinha da Adefal teria deixado indicações suas na equipe. E também será cobrada por contrariar o governo.
FIM DAS BRAVATAS
Renan deve provar o mesmo remédio do Planalto contra a infidelidade dos “aliados”, em um segundo momento, quando transformar em voto o discurso de defesa da queda das reformas propostas por Temer ao Congresso Nacional.
O senador já sentiu a resposta neste primeiro momento, mas pode sofrer ainda mais, já que mais da metade das indicações da bancada foi feita por seus aliados, com seu aval. E ele ainda mantém outros cargos em Brasília, como o do ex-senador paraense, Luiz Otávio Campos, secretário de Portos, no Ministério dos Transportes.
Também na pasta dos Transportes, é do rebelde Renan a indicação de Roosevel Patriota Cota, superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Alagoas (DNIT). Também é dele o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab), Elizeu José Rêgo.
CÍCERO ALMEIDA É UM DOS DEPUTADOS ALAGOANOS QUE MANTINHA CARGOS FEDERAIS COM AVAL DE RENAN, MAS VOTOU CONTRA REFORMA TRABALHISTA (FOTO: DIVULGAÇÃO) |
Os deputados federais alagoanos que votaram contra a reforma trabalhista, na semana passada, andam preocupados com o início do cumprimento da promessa de retaliação feita pelo Palácio do Planalto à traição a um dos principais projetos do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Todos os que mantêm afilhados políticos em cargos de confiança nos órgãos federais devem perder as indicações. E as exonerações começaram nesta terça-feira (2).
Entre o dia 26 e 27, seis dos nove deputados federais alagoanos votaram contra a reforma trabalhista de Temer. Uma pequena parte deles mantêm indicações em órgãos federais, a exemplo do deputado federal Cícero Almeida, o Ciço (PMDB-AL), que já começou a perder hoje os cargos que indicou com a anuência de seu padrinho político, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
EDMILSON BEZERRA ASSUMIU CORREIOS EM ABRIL E JÁ ESTÁ DE SAÍDA |
Até hoje, era do deputado Ciço, por exemplo, a indicação de Ranilson Pedro Campos Filho, para a Superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) de Alagoas e de Edmilson Bezerra da Silva, para a Diretoria Regional dos Correios, no Estado.
Mas a exoneração de Ranilson do comando regional do DNPM foi publicada no Diário Oficial da União desta terça, após cinco dias de sua nomeação. E Edmilson será exonerado dos Correios, pouco mais de duas semanas depois da posse.
O afilhado de Renan foi derrotado na disputa pela Prefeitura de Maceió, em 2016, e está de malas prontas para ingressar no PTN, com a promessa de assumir a indicação do comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) de Alagoas. Mas o Planalto já descarta entregar ao deputado o órgão do Ministério da Saúde, mesmo com Ciço tendo demonstrado que não o interessa mais a aliaça com Renan, apesar de inelegível por condenação por improbidade.
O fato de o PTN ter cinco deputados que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara também pesa contra o futuro do parlamentar na base de Temer.
OUTROS ALVOS
Além de Cícero Almeida, os seguintes deputados votaram contra a reforma: Givaldo Carimbão (PHS-AL), João Henrique Caldas (PSB-AL), Paulão (PT), Ronaldo Lessa (PDT-AL) e Rosinha da Adefal (PTdoB).
RONALDO LESSA ENTREGOU CARGO DE ISRAEL LESSA NA SRTE, BANCADA MANTÉM |
O coordenador da bancada federal, Ronaldo Lessa, deixou como herança de sua aliança com Dilma Rousseff a sua indicação de Israel Lessa para o comando da Superintendência Regional do Trabalho em Alagoas (SRTE/AL). Oposicionista, Lessa alega que a bancada assumiu a indicação de seu primo para a superintendência do Ministério do Trabalho, após o PDT exigir a entrega do cargo.
O deputado Paulão também deu ao governo Temer alguns cargos de confiança do petista e do senador Renan Calheiros, a exemplo do gerente executivo do INSS, Edgar Barros dos Santos, e do diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti; este último um técnico e funcionário de carreira.
Após deixar o comando da Secretaria da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Justiça, para assumir a suplência na Câmara dos Deputados, Rosinha da Adefal teria deixado indicações suas na equipe. E também será cobrada por contrariar o governo.
FIM DAS BRAVATAS
Renan deve provar o mesmo remédio do Planalto contra a infidelidade dos “aliados”, em um segundo momento, quando transformar em voto o discurso de defesa da queda das reformas propostas por Temer ao Congresso Nacional.
O senador já sentiu a resposta neste primeiro momento, mas pode sofrer ainda mais, já que mais da metade das indicações da bancada foi feita por seus aliados, com seu aval. E ele ainda mantém outros cargos em Brasília, como o do ex-senador paraense, Luiz Otávio Campos, secretário de Portos, no Ministério dos Transportes.
Também na pasta dos Transportes, é do rebelde Renan a indicação de Roosevel Patriota Cota, superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Alagoas (DNIT). Também é dele o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab), Elizeu José Rêgo.
03 de março de 2017
diário do poder
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