Lula fará tudo para ser preso por Moro
Se Glauber Rocha ressuscitasse e pudesse dirigir um filme com roteiro de Nelson Rodrigues e José Padilha, o longo título seria: “Os dragões maldosos do $talinácio contra o juiz Moro e os protestantes guerreiros da Lava Jato”. A Patelândia mobiliza sua militância movida a sanduíche de mortadela e uma graninha para levar 60 mil manifestantes a Curitiba, no dia 3 de maio, quando o chefão outrora poderoso sentará na 13ª Vara do juiz Sérgio Fernando Moro. É grande a chance de o pau comer nas ruas.
A intenção estratégica de Lula é consolidar a falsa imagem de que é vítima de uma implacável perseguição política promovida pelos “meninos da bíblia” da tal “República de Curitiba”. A tática de Lula consiste em causar comoção popular. Craque em manipulação e mistificação, fará de tudo para levar um cartão vermelho de Moro. No caso, o desejo-mor é uma prisão da qual espera tirar proveito político. Lula tem certeza de que está em um caminho sem volta. Sabe que será preso, e espera que seu encarceramento deflagre alguma “revolução” em sua defesa.
Tal sonho tático de Lula pode se transformar rapidamente em pesadelo. Vide o caso do companheiro José Dirceu, antes um ideólogo garboso, mas que agora se transformou em um velhinho caidinho, após longo e inesperado encarceramento. O mesmo acontece com Eduardo Cunha, outrora poderoso e “herói” do “golpe” que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República. O agora colaborador-mor Marcelo Odebrecht – que antes jurava jamais cair em traição – agora se transformou em uma espécie de “boneco falante” da delação premiada.
Lula tenta sua última cartada posando de mártir, e apostando que o eleitorado nordestino lhe dará amplo apoio para uma temerária corrida presidencial em 2018. O desafio real dele é como será capaz de fazer campanha – e conseguir ser candidato -, caso acabe efetivamente preso. Lula está “apertadinho”, igualzinho a outros enrolados na Lava Jato. No mínimo, Lula tende a ser condenado por tráfico de influência, pelo que foi exposto nos vídeos de depoimentos de Marcelo Bahia Odebrecht – agora considerado pela petelândia como o supremo “Judas” – e pelo pai dele, Emílio Odebrecht – agora apelidado pela Rede Globo de “decano da corrupção brasileira”.
Tão ou mais grave que a mentirada de Lula – e que precisa ser repudiado – é o golpe institucional armado pelo desgoverno do Crime Institucionalizado. Lideranças dos grandes partidos enrolados na Lava Jato tentam um pacto de salvação. O mais descarado no plano deles é uma enganosa “reforma” política, que seria feita a partir da convocação de uma “constituinte originária” sob controle da bandidagem política. Tal armação já deixa os militares em alerta máximo. O golpe é inaceitável!
Vale repetir por 13 x 13: O Brasil precisa ser passado a limpo, e a única solução efetiva e eficaz é através de uma Intervenção Institucional que promoverá uma repactuação legal, desde à Carta Magna até as outras quase 200 mil leis em vigor. Também é imprescindível definir um rumo estratégico para o País, com base no federalismo, na eleição com voto distrital e no redimensionamento da máquina estatal, sobretudo com a redução do número de políticos “profissionais” na União, nos estados e municípios.
Os bandidos que dominam a política não querem que isto aconteça. Os segmentos honestos e esclarecidos da sociedade brasileira precisam lutar para vencê-los. Os canalhas apostam na temerária radicalização contra a Lava Jato. Os advogados dos criminosos tentam o milagre de salvá-los, enquanto a politicalha articula golpes legais que viabilizem uma espécie de “anistia”.
Todos os corruptos estão apertadinhos, embora nenhum deles assuma que recebeu dinheiro da “Engenharia da Corrupção” em parceria delituosa com o Estado Ladrão do Brasil. O medo não é só de puxar cadeia. Tem gente com medo de morrer... Por isso, nos bastidores, um ameaça o outro... As conseqüências são imprevisíveis neste fim patético da criminosa “Nova República”...
Profanagem
Santos perdidos
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
14 de abril de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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