"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

A PEDIDO DE ODEBRECHT, LULA ATUOU CONTRA A ANDRADE GUTIERREZ NA VENEZUELA

Resultado de imagem para lula odebrecht charges
Charge do Alpino (Arquivo Odebrecht)
Em um dos esclarecimentos que prestou à Justiça, Emílio Odebrecht conta que reclamou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de suposto favorecimento do governo brasileiro aos interesses da Andrade Gutierrez, concorrente direta da empresa, em dois negócios na Venezuela. Depois da ofensiva, a Odebrecht ganhou uma das licitações, referente à hidrelétrica de Tocoma, e uma empresa estrangeira se beneficiou do outro negócio na área siderúrgica, que Emílio não soube precisar qual seria.
Emílio contou que, a pedido do filho, Marcelo Odebrecht, reclamou ao petista que o governo estava “agindo ativamente” junto a membros do governo venezuelano em favor da Andrade Gutierrez e que seu governo atuava de forma “unilateral” para beneficiar a empreiteira rival.
RECLAMAÇÃO — Cheguei a ter a oportunidade, a pedido de Marcelo, de conversar com o próprio Lula de que isso não podia estar acontecendo — afirmou Emílio: “No fundo foi uma reclamação de que o governo dele estava, em detrimento de outras, prestigiando uma licitação que me lembro bem houve na área de siderúrgica e na área de uma hidrelétrica” — contou.
O patriarca disse ainda que a Andrade Gutierrez estava sendo apoiada pelo Itamaraty e por “pessoas dentro do Planalto”. Emílio não soube precisar, porém, que integrantes do governo estariam envolvidos no suposto favorecimento.
Segundo ele, Lula ainda tentou minimizar o suposto favorecimento da empresa concorrente: “Ele ouviu e disse ‘você tem toda razão, vou ver’. Ele procurou minimizar, achando que não era, e eu disse: ‘Ó, presidente, eu não trago para o senhor coisas que eu não tenha confirmado’.
CHÁVEZ E CAPRILES – O patriarca da empresa relata ainda, num outro vídeo, uma conversa que teve com Lula sobre a situação política da Venezuela. De olho na estratégia que a Odebrecht adotaria no país, Emílio pede que o petista receba o líder da oposição ao governo Hugo Chávez, Henrique Capriles, porque Chávez não ficaria no poder “o resto da vida”. Ele diz acreditar que o pedido foi atendido.
“Eu procurei transmitir ao presidente Lula a consciência de que o governo Chávez não é um governo que vai ficar lá o resto da vida, mais cedo ou mais tarde eles sairiam. Capriles era a liderança que personificava a oposição, então era importante que o Brasil não desse as costas para o Henrique Capriles, que queria ter um encontro com o governo” — conta, acrescentando:
“Então eu disse a ele: ‘Lula, atenda, ou me diga que não vai atender porque preciso começar a pensar na minha estratégia de saída da Venezuela’. “Acho que ele deu sequência” — emenda Emílio.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como se vê, a promiscuidade era tamanha que a Odebrecht interferia até na política externa brasileira. E tudo isso só aconteceu porque Lula era muito religioso e sabia se curvar ao deus Dinheiro. E ainda há quem diga que Lula é comunista. Só pode ser Piada do Ano. (C.N.)

14 de abril de 2017
Leticia FernandesO Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário