"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

ATÉ UM SOBRINHO DE LULA RECEBIA PROPINA DA ODEBRECHT SEM PRESTAR SERVIÇOS...

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Taiguara recebia em dólares, com ajuda de Lula
O empresário Emílio Odebrecht, dono da empresa que leva seu nome, disse em delação premiada que Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, recebeu “cerca de 200 mil dólares” da empreiteira em Angola sem ter prestado nenhum serviço em troca. Segundo o delator, a empresa de Taiguara foi contratada a pedido de Lula para prestar serviço para a Odebrecht no país africano.
ADIANTAMENTO – Depois de uns meses de trabalho, com a crise do petróleo na Angola, as oportunidades diminuíram para Taiguara e ele resolveu escreveu uma carta ao ex-presidente para reclamar da situação. Emílio soube da carta e logo providenciou um adiantamento para o sobrinho, por “serviços futuros”.
No depoimento, o patriarca da empresa não especifica se os serviços foram de fato prestados no futuro. O delator também não soube dizer como era feito o pagamento. Mas disse que tudo ficava a cargo de Alexandrino Alencar, o executivo da Odebrecht que também era encarregado de acompanhar Lula em viagens para a África. Foi o mesmo executivo que teria recebido a carta de Taiguara.
CARTA A LULA — “Teve uma vez que o próprio Taiguara fez carta para o Lula e entregou para o Alexandrino, de que ele estava insatisfeito, porque estava com pouco serviço, e de como o Lula poderia nos pedir para que aumentasse o serviço. Alexandrino disse que não tinha mais serviço mesmo lá em Angola, em função da redução do preço do petróleo, e que ele tinha uma forma de minimizar a situação. Ele (Taiguara) não estava saindo por falta de competência, de preço ou de qualidade, mas porque tinha diminuído sensivelmente o que ele fazia. Houve a negociação de valor de serviços futuros, para minimizar o momento da crise financeira” — revelou em depoimento, completando:
“Se eu não me engano, (Taiguara) recebeu algo acima de uns 300 mil reais. Cerca de 150, 200 mil dólares, é bem possível que seja por aí”.
Ainda segundo o delator, a contratação da empresa de Taiguara foi um pedido expresso de Lula a Alexandrino – que, por sua vez, pediu autorização ao dono da empresa para fazer o contrato e recebeu o aval dele.
SÓCIO PORTUGUÊS – Taiguara é filho do irmão da primeira mulher de Lula. Emílio não soube precisar a atuação da empresa dele, disse apenas que era algo “ligado à área de engenharia energética”. Também não soube dizer quanto o sobrinho do ex-presidente faturou durante o tempo que prestou serviço efetivamente.
“Numa viagem dessa para o exterior, Lula falou com o Alexandrino: “olha, eu tenho um sobrinho, que tem uma sociedade em Portugal, com um sócio português, e, se vocês puderem dar uma oportunidade de trabalho…” — relatou Emílio Odebrecht.
O empresário afirmou no depoimento que a Odebrecht dá “oportunidade a qualquer pedido, seja de político, de setor público, seja de privado, seja lá o que for, a não ser que a gente não tenha mesmo”. Mas, depois de 90 dias, se o serviço não for prestado, ou se não houver qualidade no trabalho, a pessoa ou a empresa é desligada da companhia. De acordo com Emílio, a empresa de Taiguara prestou serviço em Angola por cerca de um ano e meio porque tinha qualidade.
“ Eu tinha quem cobrasse isso, tinha um responsável pelos resultados. Ele (Alexandrino) jamais ia fazer um contrato de prestação de serviço que não tivesse retorno pra ele. Se não tivesse, ele (Taiguara) seria colocado pra fora e eu saberia. Se não foi colocado pra fora, é porque ele teve algum serviço que foi útil para o pessoal no empreendimento. É um contrato como qualquer outra empresa. A oportunidade pode e deve ser dada.Agora, ele só continuará, seja pedido de emprego ou trabalho para pessoa física, ou contratação de pessoa jurídica, se tiver condições de fazer com qualidade e competitividade” — afirmou o delator.
BOM HUMOR – Apesar da situação, o patriarca da empresa esbanja bom humor no depoimento. Disse que recebe muita ligação de político reclamando o desligamento de pessoas recomendadas por eles. Recebe, não. Recebia. Porque agora, está impedido pela justiça de usar o telefone.
“O senhor não pode imaginar algumas telefonemas que a gente recebe de político. Hoje em dia mais não, porque a gente tem sido mantido mais bloqueado (risos). Mas no passado. Porque 90 dias o pessoal tinha autorização (para ser contratado). Não deu no couro, rua. Aí eu recebia telefonema, e-mail, reclamações de tudo quanto é natureza” — contou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como dizia o “primo pobre” Brandão Filho, rico ri à toa.  O bem-humorado Emilio Odebrecht estava pouco ligando para o sobrinho de Maria Letícia. Aqui no Brasil, Taiguara Rodrigues era vidraceiro. Arranjou o sócio português para fazer o trabalho e Lula cuidou do resto. Quando o serviço acabou, Taiguara levou um belo troco em dólares. Infelizmente, não teve a sorte de Frei Chico e Luís Cláudio, irmão e filho de Lula, respectivamente, que tiveram direto a receber mesada da Odebrecht, em dinheiro vivo, sem nota e sem Imposto de Renda.  O pixuleco de Luís Cláudio era maravilhoso (R$ 50 mil mensais). Frei Chico, que teve mesada por 13 anos, só levava R$ 5 mil, porque é religioso e fez voto de pobreza. (C.N.)

14 de abril de 2017
Carolina BrígidoO Globo

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