Existe um ótimo trabalho de publicação mensal do Ministério do Planejamento de nome “Boletim Estatístico de Pessoal” onde se encontram todos os dados do funcionalismo federal desde 1995. Está tudo lá. Por ele se constata que os gastos globais de pessoal – ativos, inativos e pensionistas – aumentaram entre os anos de 2002 e 2015, de R$75,03 bilhões para R$ 256,46 bilhões, ou 242%, numa inflação do período (IPCA) de 110%, significando aumento real de 132%, ou mais que o dobro da inflação.
Admitindo-se que a estrutura de pessoal federal estivesse mais ou menos correta em 2002, em termos de número de servidores e salários médios, a simples reposição salarial pela correção monetária ano a ano até 2015 teria gerado uma economia acumulada de R$ 618 bilhões no período, em valores nominais dos anos, ou R$ 792 bilhões em valores corrigidos para 2015. Este foi o excesso pago.
Não haveria uma alma desempregada no Brasil se esse montante fosse aplicado em investimentos públicos, mesmo com a falta de gestão do PT. Mas, em compensação, Brasília é a capital dos Land Rover, Mercedes e BMW. Pelo menos nisso ganhamos!
05 de fevereiro de 2017
Antonio Lício
Blog Aleluia e Cia
Nenhum comentário:
Postar um comentário