"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

TODO MUNDO QUER ACORDO

LAVA JATO TEM FILA DE ESPERA POR DELAÇÃO PREMIADA EM 2017
ENTRE CANDIDATOS A ACORDO ESTÃO RENATO DUQUE E JOÃO SANTANA

INVESTIGADORES ACREDITAM QUE A DELAÇÃO DA ODEBRECHT DEVE GERAR UM EFEITO MULTIPLICADOR NAS DELAÇÕES.


Uma fila de candidatos a delatores aguarda a oficialização dos acordos de delação premiada e leniência fechados entre a Odebrecht e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Todas as tratativas para novos acordos de colaboração premiada estão suspensas, desde dezembro.

A lista de candidatos a delator que já iniciaram conversas com advogados reúne o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, o marqueteiro do PT João Santana, o lobista Adir Assad, executivos das empreiteiras Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Delta e EIT.

São acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros que buscam uma redução de pena, nos processos do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba – onde estão os casos de alvos sem foro privilegiado. Candidatos a virarem réus-confessos e colaboradores das investigações, em troca do benefício.

O PT é um dos principais alvos de dois candidatos a delatores da fila: o casal João Santana e Mônica Moura e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque.

Responsáveis pelas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, Santana e Mônica foram presos em fevereiro do ano passado. Negociam uma delação desde julho, sem acordo com a força-tarefa.

Duque está preso desde abril de 2015. É sua terceira tentativa de um acordo com o Ministério Público. O ex-diretor, que foi indicado e era sustentado pelo PT no cargo, entre 2003 e 2012, promete falar do suposto envolvimento de Lula no esquema de corrupção na estatal.

Novos acordos
Os acordos de delação premiada e leniência fechados entre a Odebrecht e a força-tarefa da Lava Jato, em dezembro, é o último de uma lista de 71 contratos fechados pelo Ministério Público Federal, em Curitiba – origem das investigações.

Investigadores ouvidos pela reportagem disseram, em reservado, que a delação da Odebrecht deve gerar um efeito multiplicador nas delações de empreiteiras. As revelações devem atingir negócios que envolvem outros grupos empresariais, que ficarão obrigados a confessarem seus envolvimentos, acreditam.

Além de gerar um “recall” das delações premiadas já fechadas com executivos das Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e UTC.


13 de janeiro de 2017
diário do poder

Um comentário:

  1. Quem diria que os chefões da corrupção iriam fazer acordos. Para eles fazerem acordo eles vão ter de devolver tudo que eles roubaram, caso contrário nada de acordo. Nós tivemos o Mensalão, o ex-ministro Joaquim Barbosa travou uma luta tremenda dentro do próprio STF para colocar vários bandidos de colarinho branco na cadeia. Agora estamos vendo o mesmo filme com o escândalo do Petrolão. Que o juiz Sérgio Moro não facilite para esses bandidos de colarinho branco que roubaram tanto o país. Por sinal, esses bandidos de colarinho branco são piores que os bandidos que andam assaltando pelas ruas de nossa cidade, Brasil a fora. Por causa deles, milhares de brasileiros morrem por ano por falta de médicos e remédios nos hospitais públicos, falta de saneamento básico, principalmente no interior do país e também por falta de segurança nas ruas de nossas cidades. O dinheiro que deveriam ser investidos nessas necessidades do povo, são desviados através de obras superfaturadas para poder pagar a famigerada propina, para esses bandidos de colarinho branco.

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