Deputados, funcionários públicos e bicões continuam desenvolvendo campanha pela criação do ministério da Segurança Pública, a ser desmembrado do ministério da Justiça. Sustentam ser tão grave a crise no sistema penitenciário que apenas uma nova estrutura penal teria condições de combater as organizações ligadas ao crime organizado. Assim, estão propondo que a Secretaria Nacional de Segurança Pública, subordinada ao ministério da Justiça, ganhe vida própria, chefiada por um ministro.
Haja capim para alimentar esses asnos, porque querem reunir numa estrutura que já existe, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional. O presidente Michel Temer ouviu as ponderações de que o custo desse novo órgão seria zero, mas não se comprometeu. Ficou de examinar para resposta posterior.
Além de dividir atribuições e deixar o ministério da Justiça sem pernas e braços, o novo ministério providenciaria ao novo ministro carro oficial, passagens aéreas gratuitas, residência de luxo e oficiais de gabinete sem nada para fazer. Uma bobagem, ou melhor, uma asneira. Do que o sistema penitenciário necessita é da aplicação da lei, começando pela identificação de quantos presos tem praticado crimes, dentro dos estabelecimentos penais, para a justiça condená-los a novas penas, isolando-os do convívio com o coletivo. Se possível confinando os criminosos no meio da floresta, no caso dos amazônidas.
Se o ministro da Justiça não corresponde ao que se espera dele, que seja substituído, jamais dividindo obrigações com um irmão gêmeo. Cercar o presidente da República com mais um asno significa perda de tempo e de recursos. Inclusive capim…
13 de janeiro de 2017
Carlos Chagas
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