"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

OPERAÇÃO DA PF ENVOLVE DIRETAMENTE GEDDEL QUANDO FOI DIRETOR DA CAIXA



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Charge do Kacio, reproduzida do Arquivo Google
A PF (Polícia Federal) realiza, nesta sexta-feira (13), uma operação para investigar suspeita de fraude na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para empresas entre 2011 e 2013, tendo, entre os alvos, Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco e ex-ministro do governo Temer.
As informações que basearam a operação foram encontradas em um celular encontrado na residência do ex-deputado Eduardo Cunha em dezembro de 2015, quando ele era presidente da Câmara Federal.
Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal, na Bahia, no Paraná e em São Paulo, informa a PF. Eles foram ordenados pela 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal.
CATILINÁRIAS – A operação, chamada “Cui Bono?” –referência a uma expressão latina que significa “a quem beneficia?”–, é derivada da Catilinárias. Desdobramento da Operação Lava Jato, ela foi realizada em 15 dezembro de 2015. Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão que atingiram líderes do PMDB, como Cunha.
O celular de Cunha encontrado na operação foi periciado e, “mediante autorização judicial de acesso aos dados do dispositivo, a PF extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas” entre o ex-deputado e Geddel, informou a instituição.
As mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos com a Caixa, “o que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro”, segundo a PF.
Segundo as informações, o caso passou a ser da alçada da Justiça Federal do Distrito Federal depois que Cunha e Geddel perderam o foro privilegiado. Geddel deixou o governo em novembro passado e Cunha teve seu mandato de deputado federal cassado em setembro. Ele está preso em Curitiba desde outubro.
FORO PRIVILEGIADO – “O caso tramitava no Supremo Tribunal Federal em razão de se tratar de investigação contra pessoas detentoras de prerrogativa de foro por função. Porém, em virtude dos afastamentos dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o Supremo decidiu declinar da competência e encaminhar o inquérito à Justiça Federal do DF”, lembra a PF.
De acordo com a PF, o esquema envolveria o então vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, além do vice-presidente de Gestão de Ativos do banco e empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias e de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro. Uma fonte da agência Reuters afirmou que o ex-vice de Pessoa Jurídica investigado é o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.
O esquema envolveria a liberação de recursos da Caixa para as companhias por meio de direcionamento político, com participação de Cunha, em troca de pagamento de propina. Mas a PF ainda não identificou as empresas investigadas na operação “Cui Bono?”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Um fato concreto é que, se ainda fosse ministro, Geddel teria foro privilegiado e estaria impune “per saecula saeculorum”. Outro fato concreto é que Temer não sabia de nada. (C.N.) 

13 de janeiro de 2017
Deu no UOL

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