"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

EX-MINISTROS DE LULA AINDA MANTÊM CARGOS EM ESTATAIS



A seguir – e depois nossos comentários – reportagem de Silvio Navarro e Bernardo Mello Franco, publicada na Folha:

“Mesmo fora do governo, os ex-ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) continuam a receber salário para integrar conselhos de estatais. Eles deixaram a Esplanada em 1º de janeiro, após oito anos no primeiro escalão do governo Lula. No entanto, ainda ocupam vagas nos conselhos de administração da Itaipu Binacional e da Eletrobras, respectivamente. 

Os dois afirmaram à Folha não ver conflito ético na prática, mas disseram que os cargos estão à disposição do governo Dilma Rousseff. Além da aposentadoria como ministro de primeira classe do Itamaraty, Amorim recebe, fora do poder, um dos maiores salários pagos em conselhos de estatais federais: R$ 13.100 por mês. 
Filiado ao PT fluminense, ele tem mandato na estatal até maio de 2012. Para mantê-lo, basta comparecer a encontros bimestrais. O conselho se reuniu uma vez este ano, com a presença do ex-ministro. Procurado, Amorim disse ter ficado na vaga a pedido do sucessor, ministro Antonio Patriota. “Absolutamente não é uma sinecura. Eu não pedi nada”, afirmou o ex-chanceler. 
“O ministro Patriota pediu que eu ficasse, mas não sei se vou ficar muito tempo. Tenho muitas ocupações.” Amorim ocupa uma vaga de livre indicação no conselho em Itaipu. O assento reservado ao Ministério das Relações Exteriores é ocupado pelo embaixador Antonio José Ferreira Simões. Convidado por Lula para dirigir seu futuro instituto, Dulci recebe R$ 4.300 por mês, mais 13º salário, como conselheiro da Eletrobras. 
O petista mineiro disse ter posto o cargo à disposição do sucessor, Gilberto Carvalho, no início do ano. “Fui indicado porque era ministro e não pretendo continuar.” O conselho da estatal do setor elétrico é eleito anualmente, no fim de abril. Também ex-ministro de Lula, Carlos Eduardo Esteves Lima recebe R$ 5.400 do conselho fiscal do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 
Ele chefiou a Casa Civil no fim de 2010, após a queda de Erenice Guerra, e agora permanece no governo como assessor especial do órgão. Procurado, não ligou de volta. Alvo de cobiça em Brasília, as vagas em conselhos de estatais funcionam, na maioria das vezes, como complemento salarial. 
A função dos órgãos é auxiliar a gestão das empresas, aprovar orçamentos e definir normas internas. Os conselheiros têm mandato de um a quatro anos, mas podem ser substituídos a qualquer momento pelo Palácio do Planalto.” (grifos nossos)

Amorim, do Itamaraty, no conselho da ITAIPU BINACIONAL. De fato, um especialista em energia elétrica, tanto que basta comparecer UMA VEZ A CADA DOIS MESES para merecer a remuneração mensal de R$ 13 mil. São praticamente 26 mil reais POR REUNIÃO. 
Convenhamos: reuniões são chatas, merecem uma paga correspondente. Já o coordenador do “Instituto Lula de Filosofia Contemporânea”, Luiz Dulci, é um pouco mais modesto. 
Recebe apenas R$ 4,3 mil mensais para colaborar intelectualmente com a Eletrobrás. DOIS ESPECIALISTAS DO SETOR ELÉTRICO, não é mesmo? E por aí vai…

O ponto alto, na minha opinião, é quando Amorim diz ter “muitas ocupações”

13 de janeiro de 2017
implicante

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