O ano começou com a bruxa solta. Matança nos presídios de Manaus, Boa Vista e Natal, elevando a mais de cem o número de mortos; fugas em massa de bandidos infernizando a população que está morrendo de medo de sair de casa; represália de criminosos contra a transferência de presos queimando ônibus e carro do governo, numa clara demonstração de que quem manda são eles; bagunça em São Paulo capitaneada pelo MTST; dez policiais mortos no Rio de Janeiro nos primeiros quinze dias do ano; bandidos assaltando e matando pelo Brasil afora com uma tranquilidade de arrepiar os cabelos, demonstrando a falência total dos estados no controle da criminalidade, inclusive em São Paulo onde o governador diz que está tudo bem; a convocação das Forças Armadas para entrar no jogo sujo, numa prova de que finalmente caiu a ficha de que estamos em guerra aberta contra a marginalia e que a insegurança nacional virou tema de segurança nacional, na tentativa de evitar que o Brasil se transforme numa Colômbia dos anos oitenta.
Tudo isso vem ofuscando as possíveis comemorações dos primeiros resultados positivos da economia, como a queda da taxa Selic para 13%, o aumento da confiança dos empresários, os sinais de que a inflação poderá ficar no centro da meta e a notícia de que a gestão Temer foi mais produtiva em poucos meses do que a de Dilma em 5 anos. Mesmo assim, está difícil a sociedade recuperar seu otimismo.
Não bastasse tudo isso, o jornalista Claudio Humberto revela que Renan Calheiros está pressionando Temer para, depois de deixar a presidência do Senado, ocupar um ministério, preferencialmente o da Justiça, para não “perder autoridade” e a boca rica das mordomias ministeriais, incluindo jatinho que, aliás, ele usou até quando foi fazer implante de cabelo.
Se isso acontecer, aí sim ficaremos bem perto do fim do mundo. Infelizmente, esta não é uma possiblidade desprezível, já que está ficando patente a dificuldade do governo de conseguir arregimentar fichas limpas para compor os seus quadros. Haja vista a nomeação do novo secretário da juventude, que é acusado de enriquecimento ilícito.
E agora cai essa bomba: a trágica morte do Ministro Teori Zavaski em desastre aéreo em Paraty. A sociedade brasileira sentirá a perda da figura humana rica em qualidades e do culto, discreto, independente, devotado e exemplar servidor da justiça, que merece, por todos os títulos, o luto oficial de três dias.
Dele só não vão sentir saudades os políticos citados nas delações da Odebrecht. Sua ausência precoce lança uma pesada nuvem de incerteza sobre o futuro da Operação Lava Jato, da qual era relator. Segundo especialistas, seja quem for o novo relator, os possíveis criminosos ganharão pelo menos mais um ano para gozar de uma liberdade que não merecem.
O “imbróglio” sobre quem será o sucessor de Teori Zavaski no processo da Lava Jato já está instalado.
Será ele o novo ministro a ser indicado pelo Presidente Michel Temer, cujo nome já apareceu nos vazamentos de delações?
Será através de sorteio entres todos os ministros remanescentes no STF?
Ou o sorteio será apenas entre os integrantes da segunda turma (Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli)?
Vejam só o risco que estamos correndo.
Nós, a sociedade, devemos ficar vigilantes para que o novo relator da Lava Jato não nos retire o orgulho que sentimos da toda a Operação, que sob a liderança de Teori Zavaski avançou com segurança e celeridade, aproximando do cárcere, como nunca tinha antes acontecido na história deste país, conhecidos meliantes que roubam do povo há tantos anos.
Oremos.
23 de janeiro de 2017
Faveco
Tudo isso vem ofuscando as possíveis comemorações dos primeiros resultados positivos da economia, como a queda da taxa Selic para 13%, o aumento da confiança dos empresários, os sinais de que a inflação poderá ficar no centro da meta e a notícia de que a gestão Temer foi mais produtiva em poucos meses do que a de Dilma em 5 anos. Mesmo assim, está difícil a sociedade recuperar seu otimismo.
Não bastasse tudo isso, o jornalista Claudio Humberto revela que Renan Calheiros está pressionando Temer para, depois de deixar a presidência do Senado, ocupar um ministério, preferencialmente o da Justiça, para não “perder autoridade” e a boca rica das mordomias ministeriais, incluindo jatinho que, aliás, ele usou até quando foi fazer implante de cabelo.
Se isso acontecer, aí sim ficaremos bem perto do fim do mundo. Infelizmente, esta não é uma possiblidade desprezível, já que está ficando patente a dificuldade do governo de conseguir arregimentar fichas limpas para compor os seus quadros. Haja vista a nomeação do novo secretário da juventude, que é acusado de enriquecimento ilícito.
E agora cai essa bomba: a trágica morte do Ministro Teori Zavaski em desastre aéreo em Paraty. A sociedade brasileira sentirá a perda da figura humana rica em qualidades e do culto, discreto, independente, devotado e exemplar servidor da justiça, que merece, por todos os títulos, o luto oficial de três dias.
Dele só não vão sentir saudades os políticos citados nas delações da Odebrecht. Sua ausência precoce lança uma pesada nuvem de incerteza sobre o futuro da Operação Lava Jato, da qual era relator. Segundo especialistas, seja quem for o novo relator, os possíveis criminosos ganharão pelo menos mais um ano para gozar de uma liberdade que não merecem.
O “imbróglio” sobre quem será o sucessor de Teori Zavaski no processo da Lava Jato já está instalado.
Será ele o novo ministro a ser indicado pelo Presidente Michel Temer, cujo nome já apareceu nos vazamentos de delações?
Será através de sorteio entres todos os ministros remanescentes no STF?
Ou o sorteio será apenas entre os integrantes da segunda turma (Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli)?
Vejam só o risco que estamos correndo.
Nós, a sociedade, devemos ficar vigilantes para que o novo relator da Lava Jato não nos retire o orgulho que sentimos da toda a Operação, que sob a liderança de Teori Zavaski avançou com segurança e celeridade, aproximando do cárcere, como nunca tinha antes acontecido na história deste país, conhecidos meliantes que roubam do povo há tantos anos.
Oremos.
23 de janeiro de 2017
Faveco
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