MASSAGISTA A BORDO, COM A MÃE, APIMENTA O ENREDO DA MORTE DE ZAVASCKI

Maíra Panas enfeitava o voo do avião da morte

Não há dúvida de que no Brasil a realidade é muito mais criativa e surpreendente do que a ficção. A morte do ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos e ações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, foi um acidente suspeito, mas ninguém imaginava que  fosse apimentado com a presença a bordo de uma massagista e dançarina lindíssima, estrategicamente acompanhada da mãe. É um fato inusitado que demonstra a intimidade entre Zavascki e o empresário Carlos Alberto Filgueiras .

Os dois se conheceram em 2012, quando a mulher de Zavascki estava se tratando de câncer em São Paulo e viria a falecer em 2013. Desde então, ministro e empresário teriam se tornado grandes amigos. Mas é uma história muito mal contada, como se dizia antigamente. Zavascki trabalhava em Brasília, morava em Porto Alegre e ia pouco a São Paulo.

MUDANÇA NO ENREDO – Classificada inicialmente de fisioterapeuta, Maíra Panas na verdade era apenas massagista, que hoje em dia chamam de massoterapeuta, e dançarina. Justamente por isso, tudo passa a ser esquisito e comprometedor no caso da morte do ministro

O fato concreto é que O acidente está virando um escândalo igual à queda do helicóptero em Porto Seguro que matou a então amante de Sérgio Cabral, Fernanda Kfouri, cunhada de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. No acidente, morreram também o filho Gabriel, do casamento de FernandA com o cantor Bruno Gouveia, do Biquíni Cavadão, além da irmã dela, Jordana Kfuri, e de seu filho Luca, de dois anos, e da babá das crianças, Norma Assunção.

LIVRE E DESEMPEDIDO? – Como se sabe, por ser viúvo, Zavascki era livre e desimpedido. Mas o cargo de ministro do Supremo exige uma condução na vida pessoal que não coloque em risco a imagem do magistrado. Isso significa que ele jamais poderia aceitar convite de um empresário de hotelaria que tem questão a ser decidida no Supremo, como era o caso de Carlos Alberto Filgueiras, que está sendo processado por crime ambiental cometido em Paraty e impetrou Habeas Corpus no STF, rejeitado pelo relator Edson Fachin.

Por sua alegada grande amizade a Filgueiras, é óbvio que Zavascki conhecia a existência do Habeas Corpus 138.523. Mesmo assim, o ministro do Supremo aceitou viajar com o amigo processado. E ainda embarcou na companhia da atraente massagista e dançarina, fato que levanta suspeitas de que interessado em também usufruir dos serviços profissionais dela, que oficialmente seria uma espécie de personal trainner do nervo ciático do empresário dos hotéis.

O LEGADO DE ZAVASCKI – É nesse enredo rocambolesco que transcorre o dia seguinte à morte do relator da Lava Jato, que deixou um legado de quase sete mil processos e inquéritos a serem decididos por seu substituto no Supremo, porque a presidente Cármen Lúcia deve redistribuir apenas as questões referentes à Lava Jato, se é que o fará.

Outro importante legado de Zavascki é a constatação de que os integrantes da cúpula dos três Poderes – especialmente os ministros do Supremo, que estão no alto da pirâmide institucional – precisam ser mais comedidos e cautelosos em seus relacionamentos pessoais e profissionais. Isso, para dizer o mínimo.

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PS – Quanto às teorias conspiratórias que sempre surgem, são muito atraentes, inspiradoras até divertidas. A mais criativa foi a de que “o avião estava sendo seguido há 16 dias”, porque no dia 3 houve 1.885 acessos à página do avião. Caramba! Quer dizer que os assassinos de Zavascki acessaram a página a cada 50  segundos, durante 24 horas seguidas? Esse tipo de iniciativa criminosa é tão estranho que nem Sherlock Holmes,  Freud ou o Inspetor Clouseau conseguiriam explicar. (C.N.)

20 de janeiro de 2017

Carlos Newton

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