“Ninguém acredita. Elas estavam indo se divertir e acontece isto”. O desabafo é de Rose Pana, irmã de Maria Hilda Panas, 55 anos e tia de Maíra Panas, 24 anos, mortas no acidente aéreo da última quinta-feira (19), no litoral do Rio de Janeiro, que vitimou cinco pessoas, entre elas o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. A viagem era um presente do dono do hotel em que Maíra trabalhava: “Estavam indo comemorar o aniversário da minha irmã, iam conhecer Paraty (RJ) e Angra dos Reis (RJ)”.
“Eu falei com o meu cunhado que mora em Juína, sou de Maringá (PR), ele tinha conversado com os bombeiros que estavam no local e eles confirmaram que era a minha irmã e minha sobrinha. A Maíra tinha ganhado uma viagem do Carlos Alberto, dono do hotel Emiliano [em que ela trabalhava] e estava levando a mãe para conhecer o litoral”, disse Rose em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
Rose contou que acompanhou as notícias do acidente, mas não imaginava que a irmã e a sobrinha estariam dentro da aeronave: “Assistimos a matéria normal, quando foi por volta das 23 horas, minha sobrinha me ligou para deixar a gente alerta. Se víssemos algo pela TV, o choque seria maior”.
FISIOTERAPEUTA – “Tudo coincidiu. Minha sobrinha trabalhava na rede de hotéis como fisioterapeuta, saíram no mesmo horário que aquele voo. Depois disto, ninguém mais conseguiu contato. Iam comemorar o aniversário da minha irmã, que foi no último dia 14 de janeiro. O marido da outra filha da Maria Hilda está indo para o Rio de Janeiro cuidar da liberação dos corpos”, explicou Rose.
Letícia Lima, que era amiga de Maíra, foi quem teve a difícil missão de informar a família: “Eu estava mantendo contato com ela. A viagem já estava planejada com o Carlos Alberto, Bateu o horário, tudo. Depois, conseguimos contato com uma pessoa que estava acompanhando o voo e veio a confirmação. Sendo assim, avisei a irmã da Maíra e o restante da família”, relatou ao Olhar Direto.
ESTAVAM SE DIVERTINDO – A notícia e confirmação da morte da irmã foi um choque para Rose: “É algo que você não espera. As duas estavam se divertindo, ninguém acredita. Já perdi meu pai e minha mãe há dois anos. Na véspera do natal de 2014 morreu meu cunhado. É um momento bem difícil, diferente de quando está doente, que a gente espera”.
Maria Hilda morava em Juína, onde trabalhava como coordenadora de uma escola. Ela era professora e tinha pelo menos duas pós-graduações. A mulher de 55 anos nasceu em Guarapuava (PR). Já Maíra nasceu em Juína e estava morando no estado de São Paulo. Ela atuava como fisioterapeuta de uma rede de hotéis. Ainda não há informação de onde acontecerá o velório e o sepultamento: “Isso é a filha da minha irmã que vai decidir”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O caso se complica cada vez mais, agora pelo lado pessoal. O empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras convidou a funcionária para viajar com o ministro, e ele levou a mãe. Uma história muito complicada e estranha. Zavascki era viúvo, nem morava em São Paulo. A fisioterapeuta na verdade era apenas massagista, que hoje em dia chamam de massoterapeuta. É tudo esquisito e comprometedor. O acidente virou um escândalo de páginas policiais, igual à queda do helicóptero em Porto Seguro que matou a então amante de Sérgio Cabral, cunhada de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. Como dizia Ibrahim Sued, em sociedade tudo se sabe.(C.N.)
20 de janeiro de 2017
Wesley Santiago
Olhar Direto
http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2017/01/empresario-convidou-mae-e-filha-para.html
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