Sem ter recebido o mês de novembro, muito menos o 13% salário, os funcionários públicos do estado do Rio de Janeiro ficaram, desde ontem, sem a cesta básica. Belo Natal estão comemorando, celebrado literalmente a pão e água, defronte ao palácio do governador. Pelos poucos que tiveram a felicidade de consumi-los.
A gente se pergunta quando virá a depredação das estruturas oficiais, que não tarda. No complexo penitenciário de Bangu, onde se encontra o casal de bandidos que já governou o estado? Diante do palácio Guanabara, de onde governou a Princesa Isabel, hoje gabinete do Pezão? Na Assembleia Legislativa ou em Copacabana, palco das manifestações populares por enquanto pacíficas?
Não dá para entender como o Rio transformou-se em conglomerado da miséria. Ou entendemos muito bem. Pior estarmos falando de um retrato do Brasil, com muito mais de 12 milhões de desempregados. Breve o povo reivindicará o que é seu. Uma cidade em chamas, ou melhor, todas as cidades, estados e enfim o país.
NÃO É SINISTROSE – Pensam tratar-se de sinistrose? De péssimos e ilusórios devaneios de horror? Nem pensar. O caos se organiza milimetricamente a partir do vazio das elites. Tiveram oportunidade de evitá-lo. Não quiseram ou não puderam. Antes da implosão virá a desagregação, importando menos se o rastilho começará no Rio, em Brasília, em São Paulo ou em qualquer outro centro ou periferia. A verdade é que com Michel Temer não dá, como não deu com Dilma, Lula, FHC e antecessores.
Tem saída? Tem. A começar por imediatas eleições gerais. De preferência proibindo-se reeleições de toda espécie, de vereador a presidente da República. Sem partidos, nem cartões de crédito. Quem sabe, sem bancos?
25 de dezembro de 2016
Carlos Chagas
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