"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

COM AS MÃOS ABANANDO, SEM NADA PARA OFERECER




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Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Vem aí mais um Sete de Setembro. Não há certeza se Michel Temer desfilará de carro aberto pela Esplanada dos Ministérios antes de empoleirar-se no palanque das autoridades para assistir o desfile cívico-militar comemorativo do Dia da Independência do Brasil. Mas não deixará de abanar as mãos para quantos consigam vê-lo das calçadas. A verdade é que receberá a continência das Forças Armadas, os cumprimentos de seus ministros e do corpo diplomático, ainda que povão, mesmo, só de longe e sem entusiasmo.
O presidente está devendo sua identidade com o país. Aguarda-se um plano de governo. Pelo menos um elenco de reformas capazes de sensibilizar a opinião pública. Mesmo em se tratando de medidas de sacrifício, de cortes de gastos e de supressão de direitos sociais,  seria bom que Sua Excelência passasse dos enunciados genéricos para o conteúdo prático.
O BEM E O MAL – Recomendou Maquiavel que o Príncipe anunciasse de uma vez todo o mal necessário à sua permanência no poder e depois, aos poucos, fizesse o bem. Ouve-se falar nas restrições às aposentadorias e pensões, na extinção de prerrogativas trabalhistas, no aumento de impostos, na compressão salarial e demais maldades. Nada a respeito da melhoria das condições de vida das massas e da redução de encargos de que vive de salário, a começar pela vergonha de um salário mínimo que no próximo ano chegará aos 945 reais.
Fica difícil imaginar o novo governo conquistando apoio popular, mas o perigo é que perca o pouco que lhe resta de respeito. Em poucos meses faltarão condições a Temer para enfrentar o cidadão comum, caso não se decida a dizer a que veio.  Equilibrar as finanças, iniciativa ainda em dúvida, não bastará para ser reconhecido como representante do povo. Logo a inércia popular se transformará em manifestações de protesto por onde passar. Legitimidade e representatividade não se conquistam sem resultados. Muito menos, popularidade. Jamais com as mãos abanando, sem nada para oferecer.

05 de setembro de 2016
Carlos Chagas

NOTA AO PÉ DO TEXTO

É quase uma covardia, a cobrança que se faz de um governo que herdou uma herança maldita, inigualável em toda a história. E já tivemos algumas heranças negras, mas a que o lulopetismo plantou no país, francamente, não há registro na história.
Treze anos de desperdício planejado, para implantar o comuno-fascismo no país, com uma mídia sorrateira, covarde, cúmplice. 
Treze anos semeando a desconfiança, matando a credibilidade, envergonhando o país.
Treze anos em que pouco se cobrou, senão quando alguns movimentos sociais resolveram denunciar a quadrilha que estava confortavelmente instalada, semeando o caos, para colher o bolivarianismo. 
Meio trôpega e sem jeito, ou ao seu jeito, uma notícia aqui, outra acolá...
E pairava o silêncio. Os intelectualóides e as celebridades, que se pautavam pela esquerda-caviar, rendendo loas a corrupção, refestelando-se no dinheiro público (e existe dinheiro público ou é dinheiro do contribuinte) enquanto a nação de costas para o país, assistia a vaca ir pro brejo e o jogo do Flamengo. E agora que a vaca foi pro brejo, a gritaria "democrática" do fora Temer, a mortadelândia solta depredando e vandalizando o país, como prometera sua excelência, o ex-presidente, e a revolta dos que nunca perceberam, ou se perceberam, toleraram o embuste, gritando "fora Temer", "é golpe, é golpe..."
Chego a acreditar que estavam todos felizes com o desgoverno Dilma, a inocenta.
Agora a casa caiu. Os sucessivos escândalos, que pelo andar da carruagem os "intelectuais" do tipo "odeio a classe média", acusavam a 'zelite' de promover o golpismo, negando a verdade do assalto promovido pela máfia organizada e aparelhada no Estado.
E o que vejo agora em inúmeros artigos e crônicas políticas, é a cobrança de um governo que sequer iniciou a governança, o que em momento algum, salvo os 'dissidentes', assisti com tanta veemência, do 'petralhismo' que por treze anos fez e aconteceu em Pindorama.

E parece que esquecem que temos um Congresso cujos interesses pairam muito acima do 'fazer política' para o bem comum. 
Pior: vejo Lula a passear faceiro e com direito de ameaçar o país, com a cara-de-pau que Deus lhe deu. Vejo o presidente do Senado da República, tramar contra a constituição e rasgá-la. 
Realmente o Brasil é um país muito estranho em que o cupim da esquerda fez seu grande estrago...
m.americo

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