"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

FILMAGENS DE DOCUMENTÁRIOS SOBRE O IMPEACHMENT CAUSAM POLÊMICA NO SENADO


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Senadores querem saber quem está financiando essas filmagens
Produtores e diretores de quatro documentários que estão sendo filmados nos corredores do Congresso para retratar a crise e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram alçados à categoria de protagonistas nos debates entre aliados e adversários da petista. Os filmes se tornaram uma fonte de acusações da oposição ao PT. Senadores do PSDB e do DEM falam abertamente que os petistas estariam “atuando”, direcionando falas com a intenção de contaminar a narrativa histórica sobre o afastamento de Dilma.
A cineasta mineira Petra Costa, que começou a filmar a crise desde os megaprotestos de março, vê nas críticas uma tentativa de “criminalização dos documentários” e um desrespeito aos senadores e a Dilma, que são acusados de “atuar”.
A cineasta demonstra indignação quando dizem que ela recebe dinheiro do PT, ou dinheiro público, para fazer a obra. “Me incomoda que achem que vamos fazer um filme panfletário. É um trabalho de nuances, um registro histórico. Pago os custos com dinheiro da minha produtora.”
NOTA CONJUNTA – No último sábado (27), Petra divulgou nota conjunta com outra cineasta, a brasiliense Maria Augusta Ramos. “Realizamos produções independentes. Nossas produções não estão a serviço de partido algum”, diz o texto.
Boa parte da polêmica se deve à uma terceira obra, tocada pela cineasta Anna Muylaert e pela publicitária e diretora Lô Politi, que última trabalhou com o marqueteiro João Santana na última campanha presidencial de Dilma, o que ampliou as afirmações de que o filme terá viés pró-petista. A Folha não conseguiu localizá-las para dar entrevistas.
O quarto filme é do carioca Douglas Duarte. Inicialmente ele faria uma obra mais ampla, mas esbarrou na crise. “O filme terminou sequestrado pelo impeachment”, disse ao jornal espanhol “El Pais”.

31 de agosto de 2016
Deu na Folha

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