"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

FECHAM-SE AS CORTINAS, FIM DE JOGO PARA DILMA



Protestos contra Temer na Av. Paulista perderam a animação

















Mais do que a nova derrota, foi o placar estampado no painel do Senado que selou o destino da presidente afastada, agora tornada ré no processo de impeachment em que é acusada por crime de responsabilidade fiscal. 
Com a goleada de 59 votos a favor do prosseguimento do processo e 21 contra, Dilma Rousseff não tem mais chances de voltar ao seu cargo no Palácio do Planalto, faltando dois anos e meio para a conclusão do segundo mandato, que deverá ser completado pelo vice Michel Temer, atual presidente interino.
Como bastam 54 votos no julgamento decisivo previsto para o final deste mês, o jogo acabou para Dilma. Fecham-se as cortinas do longo ciclo do PT no poder central, como diria o lendário locutor esportivo Fiori Gigliotti.
Na votação do “juízo de pronúncia”, que terminou na madrugada desta quarta-feira, sob o comando do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, Dilma teve um voto a menos (caiu de 22 para 21) do que em maio, quando foi decidido seu afastamento, e os defensores do impeachment ganharam quatro (foram de 55 para 59). Não tem volta.
SEM VOLTA – Só um tsunami político pode mudar o placar do Senado nas próximas duas semanas, quando os mesmos senadores votarão pela última vez neste processo, que já dura mais de 100 dias.
Dos 81 senadores, 80 já declararam e justificaram seus votos na sessão que começou na manhã de terça-feira (só o presidente da Casa, Renan Calheiros, se absteve de votar). O que os faria mudar de posição?
Se ainda havia alguma dúvida sobre o resultado desta votação, bastava ver o desânimo dos derradeiros apoiadores de Dilma Rousseff no plenário do Senado, durante todo o dia, e na Avenida Paulista, no final da tarde.
NA CONTRAMÃO… – Cerca de 1.300 manifestantes da CUT e do MST fecharam mais uma vez a principal avenida da cidade e agitaram suas bandeiras, mas ninguém mais prestava atenção aos seus gritos contra o golpe.
Só serviram para atrapalhar o trânsito e atrasar a volta dos trabalhadores para suas casas. Foi o epílogo de um melancólico fim de feira. 
É página virada, vida que segue. 
(Artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)

12 de agosto de 2016
Ricardo Kotscho
Notícias R7

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