"PAÍS DEVE RESPEITAR OS DIREITOS HUMANOS DURANTE INVESTIGAÇÕES"
A União Europeia e os Estados Unidos expressaram preocupação nesta segunda-feira com a resposta do governo da Turquia após a fracassada tentativa de golpe no país, afirmando que o membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aspirante a ingressar na UE deve respeitar a democracia e os direitos humanos durante as investigações sobre os responsáveis pelo movimento.
"Não há desculpa para o país derrubar direitos fundamentais e a prevalência da lei, e nós seremos bastante vigilantes", afirmou a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Já o principal encarregado da diplomacia dos EUA afirmou que a Turquia precisa "manter os níveis mais altos padrões para as instituições democráticas e do Estado de direito."
Embora tenha reconhecido a necessidade de prender os que planejaram o golpe, Kerry disse: "nós alertamos contra ações que vão além disso."
As declarações foram dadas após uma reunião em Bruxelas que também coincidiu com outra por parte dos 28 ministros de Relações Exteriores do bloco, após um final de semana em que a Turquia respondeu à tentativa de subversão do poder com a prisão de cerca de 6 mil pessoas, incluindo centenas de juízes e promotores.
Mogherini afirmou também que o desejo da Turquia de se integrar à União Europeia iria terminar caso o país restaure a pena de morte, como alguns sugerem. A mensagem foi ecoada pela Alemanha, a principal economia da região.
"A instituição da pena de morte pode apenas significar que tal país não pode ser um membro", disse Steffen Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel.
Após a tentativa de fracassada de golpe no final de semana, que deixou ao menos 294 mortos e mais de 1,4 mil feridos, a maior parte dos países expressou apoio pelo governo democraticamente eleito do presidente Recep Tayyip Erdogan. No entanto, eles também revelaram frustração com as ações do governo nos últimos três dias.
Johannes Hahn, o comissário que lidera as negociações para a aceitação da Turquia no bloco, foi além de Mogherini e de Kerry. Ele sugeriu que o presidente turco estava explorando a crise para eliminar oponentes políticos que podem ter relação alguma com o golpe.
"É exatamente o que temíamos", disse, acrescentando que o governo parecia estar "preparado" para prender listas de oponentes políticos e apenas esperando a hora certa de fazê-lo. Fonte: Associated Press. (AE)
18 de julho de 2016
diário do poder
TURQUIA RESPONDEU À TENTATIVA DE SUBVERSÃO DO PODER COM A PRISÃO DE CERCA DE 6 MIL PESSOAS (FOTO:REPRODUÇÃO/YOUTUBE) |
A União Europeia e os Estados Unidos expressaram preocupação nesta segunda-feira com a resposta do governo da Turquia após a fracassada tentativa de golpe no país, afirmando que o membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aspirante a ingressar na UE deve respeitar a democracia e os direitos humanos durante as investigações sobre os responsáveis pelo movimento.
"Não há desculpa para o país derrubar direitos fundamentais e a prevalência da lei, e nós seremos bastante vigilantes", afirmou a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Já o principal encarregado da diplomacia dos EUA afirmou que a Turquia precisa "manter os níveis mais altos padrões para as instituições democráticas e do Estado de direito."
Embora tenha reconhecido a necessidade de prender os que planejaram o golpe, Kerry disse: "nós alertamos contra ações que vão além disso."
As declarações foram dadas após uma reunião em Bruxelas que também coincidiu com outra por parte dos 28 ministros de Relações Exteriores do bloco, após um final de semana em que a Turquia respondeu à tentativa de subversão do poder com a prisão de cerca de 6 mil pessoas, incluindo centenas de juízes e promotores.
Mogherini afirmou também que o desejo da Turquia de se integrar à União Europeia iria terminar caso o país restaure a pena de morte, como alguns sugerem. A mensagem foi ecoada pela Alemanha, a principal economia da região.
"A instituição da pena de morte pode apenas significar que tal país não pode ser um membro", disse Steffen Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel.
Após a tentativa de fracassada de golpe no final de semana, que deixou ao menos 294 mortos e mais de 1,4 mil feridos, a maior parte dos países expressou apoio pelo governo democraticamente eleito do presidente Recep Tayyip Erdogan. No entanto, eles também revelaram frustração com as ações do governo nos últimos três dias.
Johannes Hahn, o comissário que lidera as negociações para a aceitação da Turquia no bloco, foi além de Mogherini e de Kerry. Ele sugeriu que o presidente turco estava explorando a crise para eliminar oponentes políticos que podem ter relação alguma com o golpe.
"É exatamente o que temíamos", disse, acrescentando que o governo parecia estar "preparado" para prender listas de oponentes políticos e apenas esperando a hora certa de fazê-lo. Fonte: Associated Press. (AE)
18 de julho de 2016
diário do poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário