Três dias após o aparente fracasso da tentativa de intervenção militar na Turquia para pôr fim ao governo ditatorial islamizante de Recep Erdogan, aliado de grupos terroristas muçulmanos e apoiador do Estado Islâmico, um total de quarenta e dois jatos da Força Aérea Turca continuam desaparecidos, juntamente com seus respectivos pilotos e tripulações. O mesmo ocorre com os dois aviões de guerra F16 que foram utilizados pelos militares intervencionistas para bombardear o parlamento do país nas horas seguintes ao início da intervenção: o paradeiro de ambos continua desconhecido.
Essa situação inusitada tem levado o governo do ditador Erdogan a considerar que a tentativa de fazer sua deposição ainda não foi liquidada por completo, o que faz com que país permaneça ainda sob um estado de relativa tensão. Nas horas que se seguiram ao retorno de Recep Erdogan à capital do país, o regime de ditadura islâmica deu início a um verdadeiro expurgo nas instituições de estado: centenas de juízes foram destituídos de suas funções, setenta oficiais generais e almirantes foram detidos e cerca de oito mil policias foram suspensos e tiveram suas armas apreendidas.
O até então comandante da Força Aérea Turca, General Akin Ozturk foi detido e exibido na televisão estatal confessando ter sido um dos colaboradores da tentativa de deposição do governo. Durante a aparição, ele exibia sinais visíveis de ter sofrido tortura. Não resta dúvida de que a tentativa de intervenção militar falhou, por uma série de razões. Além disso, a violência com que o regime islamizante de Erdogan vem promovendo expurgos e perseguições, bem como o misterioso desaparecimento de quarenta e dois jatos de combate, tornam cada vez menos plausível a hipótese aventada por analistas e por muitos de nossos leitores de que a tentativa de intervenção militar teria sido arquitetada pelo próprio regime, como uma nova versão de um Incêndio do Reichstag.
De nossa parte nunca descartamos a hipótese de false flag, mas sempre a olhamos com reserva, aguardando novos desdobramentos da situação para somente então fazer uma afirmação mais categórica. O desaparecimento dos jatos de combate e elevado número de oficiais detidos nos obrigam a analisar essa hipótese de false flag com mais cautela. O que mais importa de qualquer forma é, uma vez estando definida a situação no país com a provável consolidação no poder do regime islamizante de Erdogan, procurar compreender quais serão os rumos do Oriente Médio diante do novo quadro, com o ressurgimento de um regime que se pretenderá ser o continuador do extinto Império Otomano.(com conteudo de debkafiles.com)
25 de julho de 2016
paulo enéas
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