Muitos integrantes do governo de Dilma Rousseff e do PT mergulharam na depressão. Não estão conseguindo lidar com a perda do poder. Essas autoridades se acostumaram a ter um séquito de assessores para lhes estender o tapete, carregar malas, abrir as portas. Tinham forte exposição na mídia. Agora, estão no ostracismo, sem mordomias e com a grana curta. “Caíram na real”, diz um graduado técnico da Esplanada dos Ministérios, que nunca viu tanta arrogância por metro quadrado como nos últimos cinco anos da Era PT.
Alguns dos deprimidos integravam a antiga equipe econômica. A decisão do atual presidente do Banco Central, Ilan Golgfajn, que mudou a forma de comunicação da instituição, provocou ciumeira entre ex-diretores que, até bem pouco tempo, davam expediente na sede da autoridade monetária. Agora eles se arrependem, porque entenderam que deveriam ter se antecipado e feito as alterações.
ERAM “SUPERIORES” – Mas não foi por falta de propostas que as mudanças não aconteceram. Por várias vezes, Alexandre Tombini, ex-comandante do BC, foi questionado sobre a necessidade de um processo de modernização da autoridade monetária. Mas não deu bola.
Nos últimos meses de sua gestão, Tombini só se preocupava com uma coisa: livrar-se das garras do Tribunal de Contas da União (TCU), porque foi uma das autoridades acusadas de liderar as pedaladas fiscais que estão na base do impeachment de Dilma Rousseff.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tombini ainda não se livrou do TCU. As contas do governo Dilma, relativas a 2015, não foram aprovadas, continuam em análise e a presidente afastada ganhou prazo de 30 dias para apresentar defesa. Mesmo se sofrer impeachment, Dilma não se livrará do julgamento no TCU. E Tombini, também. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tombini ainda não se livrou do TCU. As contas do governo Dilma, relativas a 2015, não foram aprovadas, continuam em análise e a presidente afastada ganhou prazo de 30 dias para apresentar defesa. Mesmo se sofrer impeachment, Dilma não se livrará do julgamento no TCU. E Tombini, também. (C.N.)
25 de julho de 2016
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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