"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de julho de 2015

LAVA JATO TAMBÉM INVESTIGA A CORRUPÇÃO FORA DA PETROBRAS



Valter Cardeal, ligadíssimo a Dilma, já está sendo investigado
Maior ação de combate à corrupção dos últimos tempos no Brasil, a Operação Lava-Jato está ajudando a desvendar outros esquemas envolvendo a criminalidade de colarinho branco, praticada por políticos de várias cores partidárias e grandes empresários. Levantamento do Correio sobre dados dos inquéritos e processos em andamento aponta que pelo menos cinco robustos casos acabaram por receber novas provas a fim de serem elucidados. Há vários pontos convergentes entre eles. Mensalão, Acrônimo, BNDES, Castelo de Areia e Banestado povoam o noticiário há mais de 10 anos, no entanto, nem todas as apurações resultaram em condenações dos comprovadamente culpados.
O mensalão está relacionado à raiz da Lava-Jato, quando a investigação nem sequer havia chegado a casos de desvio de dinheiro na Petrobras. A partir de 2006, os delegados e agentes da Polícia Federal começaram a rastrear os R$ 4 milhões que o PP recebeu do esquema de compra de votos no Congresso.
Os investigadores descobriram que a empresa de instrumentos de medição Dunnel, sediada em Londrina, no Paraná, foi beneficiada com um investimento do ex-líder do PP na Câmara José Janene (PP-PR). O sócio do ex-deputado era o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema que sangrou os cofres da Petrobras.
ACOMPANHANDO O DOLEIRO…
A partir dali, a investigação descobriu que o doleiro, que havia acertado delação premiada para interromper atividades criminosas no caso Banestado, continuava a agir ilicitamente. Segundo investigadores ouvidos pelo Correio, os passos de Youssef foram monitorados, em vez de se pedir de imediato a quebra de seu primeiro acordo de delação. Os tentáculos do Banestado continuavam em outras operações de lavagem envolvendo ainda o laboratório Labogen, dos irmãos Leonardo e Leandro Meirelles, e o doleiro Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, em Brasília, ponto de partida da Lava-Jato.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A força-tarefa já chegou à ferrovia Norte-Sul, à hidrelétrica Belo Monte e está chegando na Eletrobrás, onde pontifica o diretor Valter Cardeal, homem de confiança da presidente Dilma. É um verdadeiro festival de corrupção. (C.N.)

14 de julho de 2015
Eduardo Militão , João Valadares
Correio Braziliense

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