Em caso de impeachment da Dilma, como seria o “governo Temer”?
Uma reportagem de Mario Simas Filho e Josie Jeronimo, na edição desta semana da revista “Isto É”, revela especulações de bastidores para um eventual governo de Michel Temer. Trechos a seguir, já voltamos:
“Enquanto tenta promover a articulação política do governo, na condição de principal líder do PMDB, Temer trabalha para apresentar ao País uma nova alternativa de poder, uma vez que já anunciou que a legenda pretende ter candidato próprio em 2018. Sob seu comando, o programa nacional do partido que vai ao ar em cadeia de rádio e tevê no dia 28 de setembro irá repetir o slogan “não são as estrelas que me guiam, são as escolhas que vão me levar” e em seguida dirá: “As escolhas falam por nós”. Na prática, uma espécie de declaração de independência em relação ao PT. Nada impede, porém, que a separação, a princípio marcada para 2018, seja antecipada. (…) Temer recebeu 77 parlamentares, acomodados nos intervalos das agendas com governadores, empresários e representantes do Judiciário. A muitos deles, o vice tem dito que, caso o governo se inviabilize politicamente, não será ao lado de Cunha e Renan que ele buscará a recomposição nacional. Ele pretende aglutinar quadros como o ex-senador Pedro Simon, os ex-ministros do STF Carlos Ayres Brito e Joaquim Barbosa, e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar. “Em nenhum instante ele fala em impeachment, mas deixa muito claro que caso venha a governar, seja agora ou em 2018, pretende fazer um governo que não fique refém de Cunha ou de Renan”, disse na manhã da quinta-feira 23 um dos interlocutores do vice-presidente. (grifos nossos)
Havendo impeachment de Dilma Rousseff, e a depender do cenário, de fato quem assume o governo é Michel Temer, atualmente Vice-Presidente – daí a importância até mesmo fundamental de saber como seria um eventual governo tocado por ele.
Claro que o alcance midiático de alguns nomes serve para reforçar ainda mais as especulações. Joaquim Barbosa aceitaria? Parece difícil. Mas sinalizar um convite, assim dessa forma, é algo que acentua ainda mais a boataria sobre a queda da Presidente.
27 de julho de 2015
implicante
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