Depois que a reencarnação foi retirada do cristianismo pelo imperador Justiniano, no Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), houve nele uma reviravolta.
Os dogmas, que começaram a surgir em 325, no concílio de Niceia, passaram a ser a base do ensino cristão.
A Bíblia passou a ter outras interpretações e seus textos foram adaptados às novas doutrinas, que provocavam acaloradas polêmicas entre os teólogos.
Os dogmas, que começaram a surgir em 325, no concílio de Niceia, passaram a ser a base do ensino cristão.
A Bíblia passou a ter outras interpretações e seus textos foram adaptados às novas doutrinas, que provocavam acaloradas polêmicas entre os teólogos.
Realmente, é famosa a passagem reencarnacionista da visita de Nicodemos a Jesus (João 3: 3). Ela se refere de modo claro e contundente à reencarnação, fenômeno esse já largamente comprovado por milhares de biblistas e cientistas de várias religiões, ou mesmo sem religião.
Mas os teólogos, não todos, e cristãos fundamentalistas ainda querem interpretar o nascer “de novo” ou “do alto” (“anothen”) como sendo da água (líquido amniótico) do batismo, mas o texto joanino nada tem a ver com esse ritual que muito respeitamos: “…
Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3: 3).
E, para deixar a questão mais clara, Jesus acentuou para Nicodemos:
“O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. “Não te admires de eu te dizer: Importa-vos nascer de novo” (João 3: 6 e 7).
Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3: 3).
E, para deixar a questão mais clara, Jesus acentuou para Nicodemos:
“O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. “Não te admires de eu te dizer: Importa-vos nascer de novo” (João 3: 6 e 7).
Esse assunto nada mesmo tem a ver com a água do batismo, mas com o nascer de novo do espírito (conversão ou mudança espiritual radical de vida para melhor) e com o nascer também “de novo” ou “do alto” da (na) carne, ou seja, dos pais, o que é nova vida ou nova reencarnação. Isso é tão verdade que Nicodemos até perguntou a Jesus:
“…Como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, voltar a entrar no ventre materno e nascer segunda vez?” (João 3: 4).
Essa pergunta demonstra-nos que o assunto entre os dois não tem nada mesmo a ver com o batismo.
“…Como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, voltar a entrar no ventre materno e nascer segunda vez?” (João 3: 4).
Essa pergunta demonstra-nos que o assunto entre os dois não tem nada mesmo a ver com o batismo.
TRADUÇÃO INCORRETA
Outro exemplo: “Pneuma” em grego significa “espírito” e “vento”. E no que veremos, a tradução correta de “pneuma” é espírito, e não vento.
Mas os teólogos e tradutores da Bíblia traduziram essa palavra por “vento” para ocultar a ideia verdadeira de espírito. Vejamos esse texto bíblico:
“O vento (o espírito) sopra (dá vida, alento) onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3: 8).
Os parênteses são meus.
Mas os teólogos e tradutores da Bíblia traduziram essa palavra por “vento” para ocultar a ideia verdadeira de espírito. Vejamos esse texto bíblico:
“O vento (o espírito) sopra (dá vida, alento) onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3: 8).
Os parênteses são meus.
Realmente, na íntegra, essa passagem relatando-nos a conversa do nascer “de novo” ou “do alto” (do mundo dos espíritos desencarnados) entre Jesus e Nicodemos nada tem com a água batismal.
A interpretação tradicional dada pelos teólogos é, pois, falsa e forçada com o objetivo único e exclusivo de ocultar a ideia da reencarnação clara nessa expressão evangélica: nascer “de novo” do espírito tanto no sentido de conversão como no de nascer “de novo” da carne!
A interpretação tradicional dada pelos teólogos é, pois, falsa e forçada com o objetivo único e exclusivo de ocultar a ideia da reencarnação clara nessa expressão evangélica: nascer “de novo” do espírito tanto no sentido de conversão como no de nascer “de novo” da carne!
NICODEMOS SABIA
Nicodemos tinha conhecimento da reencarnação. Daí Jesus ter-lhe dito:
“Tu és mestre em Israel, e não compreendes essas coisas?” (João 3: 10).
Para mim, Nicodemos, simplesmente, deu uma de bobo para poder ouvir de Jesus mais e melhores esclarecimentos sobre a reencarnação!
22 de maio de 2015
José Reis Chaves
O Tempo
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