O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), disse que não houve cobranças para que entregasse o cargo e que seu partido continua na base de apoio à presidente Dilma Rousseff, mesmo após deputados federais de seu partido terem votado contra o governo federal na votação das medidas do ajuste fiscal.
“Não sofri pressão de ninguém. Ninguém me pressionou até por que se houvesse pressão significava demissão. Não se pressiona; se demite ou se nomeia [um ministro].”
Dias participou nesta segunda-feira de debate em São Paulo com cerca de 300 empresários durante evento que discutiu emprego e terceirização no país.
“Um cargo não pertence a um partido nem pertence a um ministro. É um membro do governo, que atua como colaborador”, disse.
“O partido está no governo e fica no governo até que a presidente entenda que ele possa contribuir para que as políticas públicas que foram desenvolvidas até agora melhorem ainda mais”.
CONTINUA NA BASE
Questionado até quando deve permanecer no governo, o ministro ressaltou que o PDT ” esta lá e continua na base de apoio do governo até enquanto o partido ou a presidente entenda que tem de ficar.”
Dias também destacou que é preciso aprofundar ainda mais o debate sobre a terceirização no Senado para que a lei sobre o tema seja “o mais clara possível” e deve-se gastar “o tempo que for necessário” para discutir o assunto.
“A nossa grande preocupação e do governo também é quanto à precarização do trabalho. É preciso definir atividade fim e meio. Dependendo de cada setor e área econômica pode existir uma visão, a terceirização pode ser menos ou mais grave ou menos ou mais útil dependendo da atividade”, disse.
Na votação na Câmara dos Deputados, o PDT apoiou a regulamentação do tema e apresentou alguns destaques que, segundo o ministro, avançaram em relação à questão da responsabilidade das empresas que contratam terceiras – são responsáveis solidárias – e na representação sindical dos trabalhadores terceirizados.
22 de maio de 2015
Claudia Rolli
Folha
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