O governo que se diz transparente e comprometido com a ética, vetou o dispositivo introduzido na Medida Provisória 661 que determinava o fim do sigilo das operações de crédito do BNDES.
A medida está linha de coerência com o governo que, sistematicamente, diz uma coisa e faz outra. Quando a incoerência é uma constante, ela se torna coerente, transparente e previsível.
O governo alega que as estratégias das empresas financiadas devem ser preservadas para não prejudicar sua competitividade no mercado internacional. Vá lá que seja. Mas isso não justifica o carimbo “Secreto”, pespegado aos financiamentos a Cuba e Angola, duas indisfarçadas ditaduras, bem afinadas com a geopolítica petista.
O governo diz que vai estudar uma forma de ampliar a transparência sem prejudicar a confidencialidade dos negócios privados. Quem sobreviver, saberá.
27 de maio de 2015
Percival Puggina
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