"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

MANTEGA IMITA DIRCEU, PALOCCI E ERENICE E VAI SER "CONSULTOR"


Foi o ministro da Fazenda com mais longo tempo de permanência no cargo. Ao longo dos oito anos em que esteve à frente da equipe econômica de dois governos do PT (Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff), Mantega se notabilizou pela ousadia contábil, levando às últimas consequências a maquiagem das estatísticas e as pedaladas para adiantar créditos e retardar débitos de um ano para outro, com objetivo de reduzir déficits e forjar superávits, no balanço anual.

Os artifícios da contabilidade de Mantega foram fartamente denunciados pela imprensa. O Tribunal de Contas da União (TCU) teve de abrir processo para investigar as pedaladas fiscais e acaba de intimar o ex-ministro a se defender e fornecer justificativas para a prática.

Na revista Época que começou a circular no fim de semana, o jornalista Murilo Ramos, adianta que Mantega argumentará que se trata de prática antiga, que acontecia desde o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. 

“A amigos, no entanto, tem dito que as pedaladas eram abençoadas pela presidente Dilma, com quem não fala há muito tempo”, acrescenta o repórter da Editora Globo, informando também que Mantega está mudando de lado, pois pretende abandonar a vida pública e se dedicar à empresa de consultoria econômica que deseja abrir em São Paulo, mas que só poderá funcionar a partir de julho, quando termina o período de quarentena (seis meses) imposto a ex-ministros para voltarem à iniciativa privada.

Mantega já teve uma consultoria em sociedade com sua irmã, mas fechou em 2001. Desta vez, pode ser que arranje alguns clientes, pois a concorrência está diminuindo bastante, desde que ex-ministros Fernando Pimentel e José Dirceu abandonaram o promissor ramo de negócios, Antonio Palocci passou a ser menos procurado e Delúbio Soares decidiu concentrar suas operações de consultoria em Goiás, onde tem feito bons contratos para intermediações com a Prefeitura de Goiânia, que é comandada por Paulo Garcia, do PT.

Como em sociedade tudo se sabe, já circula a informação de que Mantega pretende concentrar as atividades de sua empresa em São Paulo e no Rio de Janeiro, porque em Brasília a ex-ministra Erenice Guerra dominou completamente o setor de consultoria e enriqueceu.

É certo que na capital, enquanto a presidente Dilma Rousseff estiver no poder, a concorrência não tem a menor condição de obter êxito se tentar disputar mercado com Erenice Guerra, que tem demonstrado invulgar adaptação ao ramos da consultoria, que alguns anos atrás era conhecido como tráfico de influência. Mas isso ficou no passado.

18 de maio de 2015
Carlos Newton

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