"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

"DEMOCRATIZAÇÃO DAS ARMAS": A "DESMILITARIZAÇÃO" E O PODER DO FORO DE SÃO PAULO


Valter Pomar apresentou em livro a "prestação de contas" do seu trabalho como Secretário Executivo do Foro de São Paulo [1]. Nela, o petista enaltece as conquistas da organização fundada por Lula e por Fidel Castro, principalmente a de ter instalado mandatários comprometidos com o seu projeto em diversos países da América Latina. Mas, Pomar observa que estar no "governo" não é suficiente para "controlar o poder" (p. 155). Para isso, é necessário promover uma série de "reformas estruturais" - entre elas: a reforma política, o controle do judiciário e dos meios de comunicação. Reformas que têm uma espécie de coroa:

"A conquista do poder de Estado é um processo complexo, cujo PONTO DE CRISTALIZAÇÃO é o MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA" (p. 95).

No 2o Congresso da Articulação de Esquerda (AE) [2] - realizado no início de abril deste ano - Valter Pomar fez a apresentação do texto "Um partido para tempos de guerra". Nas denúncias sobre as "alavancas de poder", o petista reclamou uma "democratização das armas" - uma reformulação das Forças Armadas, das polícias e do aparato de segurança (Cf. vídeo) [3].

Ora, a "democratização das armas" é apenas uma forma diferente de expressar a ambição mencionada anteriormente: "controlar o poder". E é ela o fundamento das campanhas para a "desmilitarização" das polícias - traduzindo, para a instauração do controle político das polícias [4]. Na estratégia do Foro de São Paulo, seria a "conquista do poder" por meio do "monopólio da violência".

Dentro deste quadro, é possível compreender que a propaganda maciça contra as armas não é motivada pelos interesses mais nobres. Não mesmo. Principalmente quando se constata que a legião de "movimentos sociais" e ONG's que clama pelo desarmamento da população civil é ligada ao PT, ou está de alinhada, no projeto de poder ou ideologicamente, com o partido.

Referências.

[1]. POMAR, Valter. "A estrela na janela: ensaios sobre o PT e a situação internacional". Editora Fundação Perseu Abramo: São Paulo, 2014. Cf. "A 'prestação de contas' do ex-Secretário do Foro de São Paulo" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/05/a-prestacao-de-contas-do-ex-secretario.html].


[2]. Grupo interno do PT.


[3]. A apresentação completa de Valter Pomar pode ser assistida neste link: [https://www.youtube.com/watch?v=G9GFaQFcLSU])


[4]. "Proposta PETISTA-SOCIALISTA-COMUNISTA: DESMILITARIZAÇÃO das polícias" [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/11/proposta-petista-socialista-comunista.html]; "AGENDA conjunta" [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/11/agenda-conjunta.html]; "SINDPOL-MG tornase instrumento para exigir aprovação de projeto PETISTA-SOCIALISTA-COMUNISTA: a DESMILITARIZAÇÃO das polícias" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/05/sindpol-mg-tornase-instrumento-para.html].


18 de maio de 2015
Bruno Braga

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