"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

DO DIREITO DE OPINIÃO AO DIREITO DA RAZÃO



Já me convenci de uma coisa, as pessoas nunca são tão boas nem tão más como as suas opiniões. Descobri que são as palavras e as fórmulas das quais me valho que, melhor do que a razão, criam a maioria das minhas opiniões.








De repente, me dou conta de que não posso nem devo destruir as crenças que fazem os outros felizes, ou pensar que por causa delas são felizes.

Já sei que não vou mesmo convencer ninguém de que as minhas convicções - seriam razões? - são melhores que as dos outros. Em todo caso, insisto: não julguem que obstinadamente me ponho a escrever sobre a corrupção.

Não. Eu escrevo obstinadamente contra a corrupção e... contra o crime organizado que o líder mais pernicioso que esse país já teve, sob a capa da "estratégia de coalizão pela governabilidade", copiou dos presídios e implantou no Estado.

E com "Estado", em verdade, lhes digo governo. Governo em todas as suas dimensões dos seus poderes constituídos e instituídos: Executivo, Legislativo, Judiciário, o 4° Poder e os governos invisíveis. É contra esse Estado delinquente que, obstinadamente, me posiciono e me exponho.

Sinto que às vezes o que tenho por minha opinião leva as tintas grotescas do instinto de dizimar, do desejo de derrubar para sempre aqueles que não pensam como eu quero que pensem.

É quando vem a razão e me avisa que se eu quebrar o poder de reação contrária, de nada me valerá vencer ou convencer a quem não teve o direito de resposta;de que nada me valerá sobrepujar e dominar a quem não dei a chance de exercer a sua liberdade de credo, de pensamento e de expressão.

Mas, deixem que eu me confesse para vocês: minhas opiniões e convicções só me satisfazem plenamente, desde que os outros as aceitem como as únicas certas e as adotem como se fossem suas.

Ah, meu Deus do Céu, eu tinha tudo para ser governista! E ai de vocês que achem que estou certo!

21 de maio de 2015
laoviah raziel

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