O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira (16/3) o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato. Segundo a Procuradoria, o dinheiro era pago sob a forma de doações eleitorais ao partido e ainda registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também foi denunciado hoje o ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque, indicado pelo PT para o cargo.
O procurador Deltan Dallagnol afirmou que Vaccari sabia que o dinheiro era fruto de crimes de corrupção, fraude em licitação e cartel na Petrobras. Segundo ele, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, o “Leitoso”, afirmou em delação premiada que o tesoureiro lhe pediu doações oficiais ao partido usando recursos dos esquema de desvios de dinheiro na petroleira.
“João Vaccari indicava as contas dos diretórios do partido”, contou Dallagnol. Além de Leitoso, um executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, que é outro delator da operação, disse aos investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público que o PT recebia propinas sob forma de doações oficiais.
Renato Duque, Vaccari e o PT têm negado todas as acusações de irregularidades. O ex-diretor nega até mesmo que fora indicado pelos petistas para o cargo na Petrobras.
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NOTA DA REDAÇÃO – Vaccari é o homem-bomba do PT. Se fizer delação premiada, manda para o espaço toda a cúpula do PT, incluindo Lula, Dilma, Dirceu, Genoino, Delúbio, Wagner, Palocci, Bernardo & Cia. Ltda. O último a sair, sem a menor dúvida, será Eduardo Suplicy, que nunca se meteu em maracutaias. Se Vaccari abrir a boca, caberá a Suplicy a missão de pagar a luz na sede deserta do partido. Se ficar calado, vai passar uma eternidade na cadeia, como está acontecendo com Marcos Valério, que tentou fazer delação premiada no mensalão, para denunciar Lula, mas já era tarde demais e o Supremo não aceitou. (C.N.)
17 de março de 2015
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