Denúncia contra tesoureiro e prisão de Duque confirmam roubalheira do PT, afirma deputado
Enquanto o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) age de forma arrogante diante do protesto de quase dois milhões de pessoas que foram às ruas no domingo (15) e ignora a gravidade da situação do País, a Justiça, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deram mais um exemplo de trabalho sério ao prender Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e denunciar o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A avaliação foi feita nesta segunda-feira (16) pelo líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), que deixa claro que a operação e a denúncia já estavam planejadas. “Não foi nada deflagrado pela pressão das ruas, mas não deixa de ter um caráter simbólico, até pedagógico. Mesmo com o roubo escancarado, o governo do PT insiste em não aprender, em não se desculpar”, criticou.
Além do tesoureiro petista, Duque, que escondeu em Mônaco R$ 70 milhões desviados da Petrobras por meio do esquema de superfaturamento mediante pagamento de propina, também é alvo da denúncia. “O cerco está se fechando. Não há mais espaço para o governo se esconder diante do marketing e da mentira. A Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal estão dando um exemplo para o país e hoje são das poucas instituições que contam com a confiança dos brasileiros. Enquanto isso o Planalto vive no mundo de Lula, ou melhor, no mundo da lua, o que acaba sendo a mesma coisa”, afirmou o deputado.
Para Rubens Bueno, o Congresso também precisa reagir com rapidez para se diferenciar das atitudes de um governo federal completamente desmoralizado. “A CPI da Petrobras tem que avançar imediatamente nas quebras de sigilo de políticos, dirigentes partidários e ex-funcionários da estatal que são alvo da investigação da Operação Lava Jato. Também precisa fazer acareações, como a pedida pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA), para colocar frente a frente Vaccari, Duque e o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, que já relatou com detalhes como o dinheiro de empreiteiras ia parar no caixa do PT. Vamos ver quem fala a verdade, já que Barusco disse com todas as letras que a propina financiou a campanha da presidente Dilma em 2010”, defendeu o líder do PPS.
Na opinião do parlamentar, outra obrigação do Congresso é aprovar ainda este ano uma reforma política que tenha no escopo mecanismos para evitar e punir com rigor os partidos e políticos que se utilizam de caixa dois de campanha. “A operação Lava Jato revela com exatidão esse grave problema. O dinheiro desviado pela Petrobras ia para o bolso de políticos e caixas de partidos. Tudo isso precisa ser mudado e o Congresso tem que cumprir o seu papel sob o risco da completa desmoralização”, avalia o deputado.
16 de março de 2015
ucho.info
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