"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de março de 2015

HORA MARCADA

Se Dilma implementar medidas contra a corrupção, o governo do PT para em questão de semanas


dilma_rousseff_486Nos últimos tempos têm sobrado no País discursos moralistas por parte de políticos, em especial os de oposição, mas é impossível pensar a existência da política sem considerar a possibilidade de corrupção. Tal tese pode parece esdrúxula e acintosa, mas essa é a realidade nacional. Quem conhece o universo político brasileiro, assim como de muitos outros países, sabe que nossa afirmação é verdadeira. Para chegar a essa conclusão basta consultar um marqueteiro sobre uma campanha eleitoral, não importando o cargo em disputa.
Considerando que uma campanha presidencial com chances reais de sucesso, no Brasil, pode custar aproximadamente US$ 400 milhões, é mentirosa intenção da presidente Dilma Rousseff de em breve adotar medidas duras de combate à corrupção. Entre o que fala e presidente e o que de fato fará há uma enorme distância. Afinal, ninguém embarca em uma aventura bilionária apenas e tão somente por patriotismo e diletantismo.
Fosse verdadeira a intenção da presidente de acabar com a corrupção no País, o que é impossível, o primeiro passo seria reduzir o número de ministérios, alguns dos quais entregues de porteira fechada a partidos da chamada base aliada. Além de um visível choque de gestão, Dilma estaria diminuindo a possibilidade de roubalheira, como aconteceu na Petrobras.
Não faz muito tempo, Dilma, em mais um de seus muitos discursos desconexos, disse que o Brasil vive o momento do presidencialismo de coalizão. Na verdade, o que a presidente faz com os partidos aliados é o mesmo que os mais afoitos fazem com garotas de programa. Contratam para determinado serviço, por tempo estipulado, e nada mais. É assim, na esteira do proxenetismo político, que o Brasil tem “avançado”, se é que assim pode ser rotulada a crise que chacoalha o País.
Por ser o Brasil uma democracia que abriga a livre manifestação do pensamento, Dilma pode dizer o que quiser, mas não deve esperar que a população acredite em suas palavras, sempre incensadas pela mitomania palaciana.
No momento em que Dilma, cumprindo sua promessa do momento, lançar um plano de combate à corrupção o seu governo para em questão de semanas. Isso porque a base aliada no Congresso Nacional só funciona à base do escambo, exigindo do governo um punhado de cargos em troca de apoio político. Como os cargos não são concedidos apenas para saciar a vaidade desse ou daquele político, fica claro que roubar é o objetivo de nove entre dez legendas.
Na verdade, o que Dilma pretende com esse anúncio mentiroso é criar uma cortina de fumaça para desviar a atenção da opinião pública, que devera voltar às ruas em breve para mais uma manifestação ruidosa e contundente.
Ademais, se o desejo de Dilma é realmente combater a corrupção, que a presidente explique aos brasileiros as medidas que adotará em relação à “companheirada” flagrada nos escândalos do Mensalão do PT e do Petrolão. Afinal, lançar medidas para punir os corruptos vindouros seria algo como suicídio político. Enfim…
16 de março de 2015
ucho.info

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