"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de março de 2015

DILMA PEDIU PROVAS PARA IMPEACHMENT E ELAS JÁ ESTÃO SURGINDO
















Um documento entregue a investigadores holandeses fortalece o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 recebeu US$ 300 mil da empresa SBM Offshore, acusada de pagar propina para obter contratos no Brasil.
No dia 7 de setembro de 2010, a menos de um mês do primeiro turno eleitoral, a SBM, com sede na Holanda, assinou um “adendo” de duas páginas ao contrato que mantinha desde 1999 com o brasileiro Júlio Faerman, então representante da firma no país. Ele é apontado como distribuidor de propinas em troca de vantagem na Petrobras.
Esse aditivo, entregue pela SBM ao Ministério Público holandês, estipula a parcela única de US$ 311,5 mil a ser paga à Faercom Energia Ltda, empresa de Faerman, que assina como diretor.
Segundo os papéis, o valor se refere a “certos serviços adicionais” relacionados ao projeto da plataforma da Petrobras no campo de Cachalote, no litoral sul do Espírito Santo, tocado pela holandesa.
CONTA NA SUÍÇA
A SBM informou às autoridades que transferiu o dinheiro no dia 5 de novembro daquele ano para uma conta no banco Safra, na Suíça, em nome da empresa Bien Faire, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal.
A companhia é uma das seis controladas por Faerman em paraísos fiscais e que foram usadas para operações de repasse de propina a funcionários da Petrobras, segundo investigações internas da SBM e de autoridades holandesas.
A SBM Offshore diz ter pago US$ 139 milhões a Faerman pelos serviços prestados até o ano de 2012. Ao todo, os contratos da empresa, ligados a oito plataformas da Petrobras, somam US$ 27 bilhões. O lobista recebia de 3% a 10% de comissão da SBM em cima dos contratos.
A CGU (Controladoria-Geral da União) e o TCU (Tribunal de Contas da União) também abriram apuração e encontraram indícios de irregularidades.
ESQUEMA DA SBM
Em novembro do ano passado, a SBM fez acordo com a Justiça holandesa para pagar US$ 240 milhões como punição por “casos de propina” em Angola, Brasil e Guiné Equatorial, no que é considerado o maior escândalo de corrupção da história da Holanda.
Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, confessou ter recebido recursos do esquema. Disse ter começado a levar vantagens financeiras entre 1997 e 1998, mas que a prática foi “institucionalizada” entre 2003 e 2004.
Na delação ao Ministério Público, Barusco afirmou que o ex-diretor Renato Duque “solicitou ao representante da SBM, Julio Faerman, a quantia de US$ 300 mil a título de reforço de campanha durante as eleições de 2010″.
Na terça-feira (10), o ex-gerente deu a mesma versão à CPI da Petrobras: “Em 2010, foi solicitado à SBM um patrocínio de campanha, mas não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei (…) para o Vaccari.”
Segundo o ex-gerente, o PT recebeu de US$ 150 a US$ 200 milhões em propina destinada à diretoria de Serviços, no período em que estava sob o comando de Renato Duque.
O Ministério Público Federal já repatriou US$ 59 milhões (R$ 182 milhões) de contas mantidas por Barusco na Suíça, como parte do acordo de delação premiada. Ao todo, ele se comprometeu a devolver ao país US$ 97 milhões.
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NOTA DA REDAÇÃO 
– A presidente Dilma Rousseff declarou que é preciso haver provas para que ocorra impeachment. As provas estão surgindo com grande rapidez, e este documento da empresa holandesa vai reforçar os pedidos de afastamento da governanta, perdão, governante. (C.N.)

16 de março de 2015
Leandro Colon
Folha

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