"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de março de 2015

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Ordem de Lula é intimidar e triturar os adversários e inimigos com uma enxurrada de ações judiciais

    

O Instituto Lula, na rua Pouso Alegre, 21, no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, registrou um Boletim de Ocorrência Eletrônico relatando o extravio dos equipamentos de segurança com gravações de imagens de segurança desde 2014. Eis a última notícia engraçada, ainda não divulgada na mídia, deste País da Impunidade e da Piada Pronta. Não será possível ter provas imagéticas de quem se reuniu com Lula ou seu amigo Paulo Okamoto, nestes tempos de "perseguição" da Lava Jato. A mulher do Renato Duque e advogados de empreiteiros com problemas agora respiram aliviados...

Lula já definiu sua estratégia de defesa: continuar no ataque, fazendo o de sempre, alegando que nunca sabe de nada de grave que possa comprometer a ele ou ao governo. A tática imediata dos petistas é apelar ao judiciário contra os adversários e inimigos, antes que eles o façam, com a lentidão e o medinho costumeiros. Lula já avisou a aliados que a ofensiva não deve poupar ninguém, sem tolerância. No entanto, o Presidentro aconselhou sua Presidenta a dizer exatamente o contrário.

Ontem em Goiânia, cheia de medo de tomar vaia em um evento público, a Presidenta Dilma fez um apelo demagógico: "Nós temos obrigação de respeitar a democracia. E como é que é a democracia? Direito de todos falarem, todos se manifestarem, porém também direito a todos serem ouvidos. Por isso, eu peço tolerância e peço uma outra questão: diálogo. Porque o diálogo implica que a gente olhe o próximo, aquele com quem nós dialogamos, como uma pessoa igual a nós, que a gente tenha a humildade de nos colocar a nível de todos e não nos acharmos nem melhor, nem pior que ninguém".

Dilma não respeita nada, e nem vai tolerar quem lhe ataca. A Presidenta já deu um golpe mortal no Judiciário em seu Decretão Anticorrupção. A CGU, que é um órgão do Poder Executivo, ganhou o monopólio, competência exclusiva, de firmar acordos de delação das empresas, via acordo de leniência. Isto aconteceu dois dias depois da manifestação de milhões nas ruas. Dilma conseguiu o feito de legalizar uma ilegalidade. Seu ato falho de ontem seria nulo de pleno Direito, se tivéssemos segurança jurídica em Bruzundanga.

O imortal escrivão Isaias Caminha, morto-vivo de Machado de Assis, já proclamava: "Não está morto quem peleja". O PT não está morto. Muito pelo contrário: mais vivo que nunca continua no jogo, embora aparentemente perdendo de goleada nas redes sociais. Na ação da máquina pública aparelhada, o placar é outro: a favor do partido. Por isso, não há ainda (e pode nem haver, depois) condições para renúncia ou impeachment. É legítimo pedi-los. Mas entre sonhar e acontecer, o pesadelo é outro. Mesmo na base da sabotagem recíproca, PT e PMDB permanecem aliados. Um não vê a hora de engolir o outro. Mas vestem a mesma camisa governista, tentando a missão que parece impossível de salvar a governabilidade.

As cúpulas dos dois partidos apostam em uma tese. Se e quando o governo superar os desgastes das ortodoxas medidas de arrocho econômico, será possível reverter a impopularidade de Dilma. Nesta hora, quando se fizer o realinhamento com vistas à campanha presidencial de 2018, se tomará a decisão tática final. Ou se mantém o casamento de conveniência e conivência, ou acontecerá um divórcio. O PMDB, sempre governista, tentará disputar a Presidência por conta própria. O PT, com quase 16 anos no poder federal, vai investir no milagre Lula - se a saúde dele permitir até lá ou em outra figura qualquer que uma supermáquina de propaganda fabricar até lá.

Na peleja pela sobrevivência, o PT partirá para a ofensiva em quatro frentes. Na primeira, usando o aparato legal e de regramento administrativo do governo contra adversários políticos e econômicos. A Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União e afins vêm com tudo para a briga. O Decretão Anticorrupção sinaliza isto claramente. Na segunda, em alguns pontos uma consequência natural da primeira, acionará a parte do judiciário (incluindo o Ministério Público) que já aparelhou, para intimidar e triturar os adversários e inimigos com uma enxurrada de ações judiciais. Na terceira, vai acionar o sistema privado e próprio de mídia (não visivelmente partidário) que está sendo fortemente ampliado, junto com os tais "soldados virtuais" - militantes fundamentalistas que atuam nas redes sociais. Na quarta, a guerra é tocada pelos "exércitos do Stédile" e afins que tem movimentos sociais e cooperativas de crédito solidário como fachadas.

Todo esse aparato tem condições concretas de garantir o "Reich" nazicomunopetralhabolivariano por mais anos no poder, desde que as condições da economia consigam se estabilizar no médio e longo prazos. Tendo o PMDB como aliado, mesmo a contragosto, e a mídia devidamente enquadrada pela turma do comissário Ricardo Berzoini (Globo e Abril que se cuidem porque serão obrigadas a aceitar os termos de uma "negociação de sobrevivência"), o PT tem todas as chances de continuar sua hegemonia - que hoje é abalada pela impopularidade e pela pressão do povo nas ruas.

O perigo maior para o Brasil é que não há sinal concreto de uma verdadeira oposição programática ao atual modelo. As gritarias existem em segmentos econômicos consistentes, porém não se consegue formar uma aliança orgânica, taticamente bem financiada, para se contrapor ao sistema que o grupo hoje no poder vem montando há anos, e já sinaliza que vai ampliar, no curto prazo. Em resumo, a reação das forças opostas ainda é amadora e inconsistente em sua infraestrutura econômica e política para ter capacidade real de enfrentar o sistema nazicomunopetralhabolivariano. Só gritaria, nas redes sociais e nas ruas, não resolve. O PT e o PMDB, embora encagaçados com a impopularidade, sabem muito bem disto. Por isso, quem não conseguirem cooptar ao longo da batalha, certamente vão jogar destruir no momento oportuno.

Quem não se organizar e não pagar para ver não tomará apenas um prejuízo patrimonial ou financeiro. Tem alto risco de pagar com a vida pessoal e da própria família. A conjuntura radical já em ritmo de impasse institucional, com altas chances de agravamento, exigirá samurais corajosos, estrutural e solidariamente financiados, com a capacidade sedutora das gueixas. Sem esta qualidade tática e a capacidade estrutural orgânica, não dá para enfrentar a nazicomunopetralhada.

É mais barato e mais cômodo pegar o próximo voo para a Flórida e ir chorar no colinho do Pateta, na Disneylândia. Quem não pode fazer isto será forçado a continuar bancando o Pateta por aqui, até a hora do Juízo Final.

Dona Zelite Anti-Lula


Petistas contratacam

Deputados do PT pedem que a Procuradoria Geral da República investigue denúncias de irregularidades na gestão da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e em Furnas.

Eles alegam que houve um grande desvio de recursos que teria beneficiado Aécio Neves, atual senador e presidente do PSDB, que disputou e perdeu a presidência para a popularíssima Dilma.

A PGR vai analisar a representação dos petistas...

Lulinha processando

O filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, interpela judicialmente o deputado Domingos Sávio, do PSDB de Minas Gerais, junto ao Supremo Tribunal Federal, para apurar, em tese, a prática de injúria, calúnia e difamação.

Na visão de Lulinha, com o intuito político de atingir Lula, o parlamentar tucano disseminou mentiras contra sua família, em entrevista concedida à Rádio Minas, da cidade de Divinópolis em Minas Gerais, no programa "Bom dia Divinópolis", no dia 9 de fevereiro de 2015:

 "E o Lulinha, filho dele, é um dos homens mais ricos do Brasil hoje. É uma bandalheira. O homem tá comprando fazendas de milhares e milhares de hectares, é toda semana. É um dos homens mais ricos do Brasil. E ficou rico do dia para a noite, assim como num passe de mágica. Rico, fruto da roubalheira que virou este país, tá cheio de rico que se enriquece ai do dia para a noite fruto da roubalheira que tá existindo no Brasil. E não pode dizer que não vai investigar o Lula, o Lulinha, tem que investigar o Lula, tem que investigar o Lulinha".

Tese de defesa

O Instituto Lula assegura que as afirmações, além de ofensivas, são mentirosas, pois Fábio Luis Lula da Silva não e proprietário de nenhuma fazenda e não participa de nenhum negócio relacionado à agroindústria. 

Fábio também jamais se beneficiou de qualquer ato irregular ou ilegal e tampouco tornou-se um dos “homens mais ricos do Brasil”.

Por isso, Lulinha (que não gosta se ser chamado assim) parte para processar quem fala mal dele...

Tem Justiça?


Chapolim Colorado tem razão...

“Se quiserem colocar na ilegalidade as nossas doações, registradas e feitas de acordo com a lei, terão de fazer também com a dos outros partidos”.

A "oposição" não anda concordando muito com essa tese do comissário Rui Falcão...

Mas não é que o Chapolim Colorado de Monte Aprazível pode ter razão desta vez?

Demorou, mas caiu

Super-amigo de Lula, o sindicalista Wilson Santarosa, deixou o poderoso cargo de Gerente Executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, que ocupava desde 2003.

Wilson só não foi diretor da empresa porque não tinha diploma de nível superior, o que não o impediu de ser dirigente do Sindipetro Campinas, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Poderosa CUT-SP.

Mesmo assim, o ex-gerente cuidava de despesas de publicidade na ordem de R$ 1,337 bilhão na área de relações institucionais e projetos culturais.

Escreveu e pau comeu...


Dilma não pretende exonerar o ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), por causa do texto de oito páginas atribuído a ele que fala em “caos político” no país e ataca o ministro Joaquim Levy. 

Traumann avalia que a comunicação do governo é “errada e errática”, e diz que “não será fácil virar o jogo”, numa referência à crise política:

“Se fosse uma partida de futebol, estamos entrando em campo perdendo de 8 a 2. De um lado, Dilma e Lula são acusados pela corrupção na Petrobras e por todos os males que afetam o país. Do outro, a militância se sente acuada pelas acusações e desmotivada por não compreender o ajuste na economia. Não é uma goleada. É uma derrota por WO”.

A Secom é estratégica porque movimenta milhões em campanhas de propaganda institucional: R$ 231,2 milhões só no ano de 2014...

Quem vazou?

Traumann viajou para os Estados Unidos na noite de terça-feira, horas depois de o documento ter se tornado público, e não foi encontrado.

Ele havia acertado com Dilma na semana passada que viajaria para visitar um parente que está em tratamento médico.

Tem malvado jurando que o texto foi vazado pela turma do comissário Ricardo Berzoini...

Arte da corrupção

Projetado por Niemeyer e inaugurado em 2002, já realizando mais de 300 exposições nacionais, internacionais e itinerantes, o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, acaba de ganhar um reforço ao seu acervo de 3.400 peças.

As 131 obras de arte apreendidas na casa de Renato Duque e outras oito encontradas na casa de Adir Assad, operador da Delta Engenharia, foram entregues ontem, para se juntar a outras 48 peças apreendidas na mansão do empresário Zwi Skornicki e 15 obras apreendidas na casa da doleira Nelma Kodama.

A turma da Lava Jato tinha bom gosto, pois havia telas de Di Cavalcanti, Cícero Dias, Iberê Camargo, Miró, Djanira, Alberto Guignard, Heitor dos Prazeres, Agostinho Batista de Freitas, Antonio Poteiro, Yara Tupynambá, além de dois painéis do artista brasileiro Vik Muniz, um painel do curitibano Sergio Ferro, cinco gravuras de Salvador Dalí, obras de Romero Britto e fotografias de outros artistas brasileiros.

Algumas obras foram dadas a Duque como pagamento de propina, com dinheiro devidamente lavadinho artisticamente.

Paródia não é crime...

O deputado federal e palhaço Tiririca (PR-SP) foi condenado absurdamente, por sentença do juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 21ª Vara Cível de São Paulo, a pagar indenização por parodiar a música "O portão", de Roberto e Erasmo Carlos, na campanha eleitoral do ano passado.

Tiririca recorrerá da decisão de pagar "indenização por danos materiais" à EMI Songs, dona dos direitos da composição.

No recurso, provavelmente, Tiririca sairá vencedor, já que "paródia" não é crime que fira os direitos autorais e nem patrimoniais...

"Data-venha", a regra é clara: A Lei de Direito Autoral diz que "são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária"...

Repeteco?


Negócios lucrativos da Educação

Se o Brasil está longe de ser a Pátria Educadora da Dilma, pelo menos é um País que dá gigantescos lucros a grupos educacionais privados, que recebem subsídios do governo para bolsas de estudo (que os alunos pagarão depois de formados ou darão um calote à viúva).

Com 258.794 alunos matriculados só no famoso Fies (que tanta dor de cabeça andou dando a estudantes que não conseguiam acesso ao sistema do MEC), a Kroton Educacional fechou 2014 com lucro de R$ 1 bilhão - com alta de 93,8% em relação ao ano anterior, antes da fusão com a Anhanguera-Uniban, e receita líquida de R$ 3,77 bilhões.

Já Estácio obteve R$ 425,6 milhões de lucro em 2014, crescendo 73,9% em relação ao ano anterior, com receita líquida de R$ 2,4 bilhões.

Clima quente


Linha de defesa



                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

20 de março de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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