Existe grande número de textos interessantes que rolam na internet sem que se saiba o autor. Um deles, bem atual e que está fazendo sucesso, tem o título Dez coisas que aprendi com a “çabedoria” petralha e mostra como a ironia continua a ser uma fortíssima arma política. O comentarista Ricardo Fróes pesquisou e descobriu que o texto é de Fabio Luiz Braggio.
Vamos conferir:
- Se eu não sou petista, eu sou tucano
- Se eu não sou petista, nem tucano, sou a favor de um golpe militar, não existe outra opção
- Não posso me indignar com a corrupção petista, porque houve corrupção no governo tucano
- Não posso me indignar com a corrupção petista, porque o PT não inventou a corrupção
- Só estou indignado porque o PT colocou o pobre no mesmo avião que eu, e isso me dá nojo
- Não tenho estatura moral para criticar quem rouba US$ 88 bilhões da Petrobrás (sem falar nas outras estatais ainda não investigadas) porque eu já fiz uma conversão proibida, já colei um chiclete embaixo da carteira na escola e já soltei um pum no elevador
- Eu fui para a rua porque sou elite branca e, consequentemente, odeio negros, pobres, índios, nordestinos, gays, feministas, corinthianos, crianças feias, camisa de microfibra da Fascínios e desodorante perfumado
- Eu fico indignado com as atitudes totalitárias do governo porque eu sou coxinha e fascista (mesmo sabendo que quem me chama de fascista não tem a menor ideia do que foi o fascismo)
- Não interessa que o impeachment esteja previsto na Constituição Federal, se é contra um “governo de esquerda” é golpe
- E, por fim, aprendi, com os dignos Ministros da República que, se eu fui para a rua, é porque não aceito o resultado democrático da eleição, estou querendo um terceiro turno e, obviamente, estou obcecado pelo fim do financiamento privado de campanha, que é a solução para toda a corrupção do mundo!
21 de março de 2015
Mário Assis
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