"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

“Copa do Jegue” deixa legado de corrupção, incompetência dos governos e aumento do custo de vida
 
A Presidenta Dilma Rousseff garantiu ontem a empresários que não haverá baderna na Copa do Mundo da Fifa. Para sua profecia dar certo, sol falta Dilma combinar, direitinho, com os manifestantes organizados. Na maioria das cidades, o clima é de desencanto com a competição. A tradicional organização espontânea da torcida, para torcer pela Seleção Brasileira, não acontece – apesar do esforço de marketing do governo e da Rede Globo. Por enquanto, por tudo de empacado até agora, o evento já recebe o singelo apelido de “Copa do Jegue”.

Não existe esquema de segurança tão perfeito que seja capaz de conter ataques assimétricos. Protestos imprevisíveis ou organizados em grande volume marcarão a “Copa das Copas” (como a ufanista marketagem tenta vender o torneio futebolístico no tal “País do Futebol”). No imaginário coletivo, na visão de todas as classes sociais, mais esclarecidas ou não, a Copa deixa um legado de promessas não cumpridas, obras incompletas, infraestrutura ineficiente e, talvez o pior de tudo para a imagem do desgoverno petralha, evidências de corrupção, desperdício de dinheiro público e aumentos especulativos de preços de produtos e serviços.

Mais que torcer pelo sucesso do time de Felipão (para dar uma ajudinha na campanha reeleitoral), Dilma precisa rezar – e muito – para que não ocorra qualquer tipo de catástrofe que gere demandas no setor público de saúde. Em nenhuma das grandes capitais, existe um esquema confiável de atendimentos de emergência, em casos de catástrofe – que podem ser geradas até por atos de terror, sempre previsíveis nestes grandes eventos transnacionais. Os Institutos Médicos Legais de nenhum dos estados da federação conseguirão dar conta se algo de ruim acontecer.

Pior: por falta de acordos internacionais, o turista que morrer por aqui – e não puder ser oficial e legalmente identificado - tem grande chance de acabar enterrado como indigente. Se houver problemas de segurança, a Copa das Copas se transformará, facilmente, na Copa do Caos. Dá para entender, perfeitamente, porque o Presidentro Lula da Silva, em seu subconsciente, recomendou que, não tiver transporte, metrô até a porta dos estádios, o torcedor deve deixar a babaquice de lado e ir ao jogo até de jegue.

O triste é que o teimoso bichinho foi quem acabou com a imagem arranhada – e não o espertalhão sindicalista de resultados que reina como oculto chefão dos maiores negócios no Brasil Capimunista. A Copa da Fifa foi apenas uma das muitas brincadeiras mi ou bilionárias...

Padrão Dilma


Nota da Havelange detonou

Joana Havelange, filha do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e neta de João Havelange, ex-presidente da Fifa, deixou ontem a petralhada mais PT da vida que nunca.

Só porque a ilustre Diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL) compartilhou um texto viral no Instagram, que não foi originalmente escrito por ela, aparentemente para condenar a onda de protestos ao sabor da Copa:

“Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia nenhum de jogo do Mundial. Quero que a Copa aconteça da melhor forma. Não vou torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes. Eu quero mais é que quem chegue de fora, veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. Meu protesto contra a Copa será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje, não mudará o que será feito amanhã”.

Chute nos mensaleiros
 

Help, Buffalo Bill...
 

Entre torcer e distorcer...
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

29 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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