"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A TURMA DA MÔNICA E O TEA PARTY


          Internacional - Estados Unidos        

obamagritoSão os republicanos ricos que repudiam o Obamacare não é? Mas então, o que falar do governo Obama, apoiado por gente “pobre” (ver aqui o ranking) como Bill GatesGeorge Soros (aqui e aqui também), RockefellersWarren BuffettMichael Bloomberg etc?
Não é de se estranhar a reação de Mônica. Ela faz parte da turma liberal que assessora os tucanos, aparentemente com grandes afinidades em comum. Ora, os tucanos são de esquerda, progressistas. Sempre foram.


Analiso abaixo, passo a passo, o artigo de autoria da economista Monica Baumgarten de Bolle (
aqui), na qual há uma “análise” da situação política dos EUA.
Não estou falando de qualquer economista. Mônica é bem preparada (ou deveria ser). É a atual diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica - Casa das Garças (IEPE/CdG), além de professora do Departamento de Economia da PUC-RJ. É PhD pela London School of Economics e já trabalhou, inclusive, no FMI. Atualmente, é também sócia-diretora da Galanto Consultoria.
Seu artigo “Como se diz ‘Saúde’ em Chinês?– publicado no caderno O Globo Mais de 8 de outubro de 2013 e em seu Blog da Galanto - sobre o problema da dívida americana é um festival de sandices e lugares comuns (e altamente falsos), típicos da mídia brasileira.
Por isso, pego-o como exemplo, uma amostra, altamente representativa do que anda sendo veiculado na imprensa brasileira.
O chato é que eu até gosto bastante de algumas análises econômicas da Mônica. Sabe que quase fico com pena de escrever essa crítica? Mas eu disse “quase”.
Vamos ao texto.
“O que acontece quando o indivíduo que melhor representa a forma de pensar de uma sociedade é um sujeito que adquiriu o seu verniz de cultura lendo as opiniões e as informações veiculadas nas redes sociais, procedentes de fontes de graus variados de confiabilidade? O que ocorre quando esse sujeito resolve, imbuído da assertividade e das convicções inabaláveis que são, dia após dia, expelidas por seus blogueiros e colunistas favoritos, se pronunciar sobre os mais diversos assuntos?”
Engraçado. Pelo que vai a seguir, parece-me que a própria Mônica tem seu verniz de cultura lendo blogs e jornais, pois ao falar do Obamacare e da política dos conservadores americanos, ela parece ser pautada justamente “por seus blogueiros e colunistas favoritos” da grande imprensa brasileira e americana. Vamos às provas as quais ela própria nos fornece, em abundância.
“Como fica quando políticos oportunistas se apercebem da existência dessa massa de eleitores de pensamento pouco articulado, ou até desarticulado, pelo excesso de informação que lhes soterra, sem que tenham desenvolvido os filtros adequados para fazer a devida triagem?”
Ora, para mim, os “políticos oportunistas” se elegem, como fez Obama duas vezes para a Presidência. Que exemplo maior de oportunista temos na política atual?
Temos mais alguém que era praticamente um desconhecido (como continua, até hoje), e conseguiu o cargo máximo no país mais poderoso do mundo na base de slogans bonitinhos e oratória vazia?
Mas Mônica só enxerga uma fonte de problemas nos EUA: os conservadores, esses malvados!
“A julgar pelo que se passa nos EUA, a resposta é que o debate político fica assustadoramente empobrecido e rarefeito”.
Obama é um dos responsáveis por empobrecer o debate, com promessas vazias do tipo “Yes, we can” e seu apelo emocional na questão “racial”.
Acho que a Mônica quer um debate americano como temos no Brasil, onde a polidez e as discussões sem sal proliferam ano após ano no lado “conservador”. Onde a retórica socialista só ganha terreno, eleição após eleição. Onde a criminalização da divergência está chegando a níveis alarmantes. Será?
“A radicalização se assoma e lemas estranhos, com um inequívoco ar totalitário, se impõem: a política não é a arte de construir o consenso, mas a de garantir a pureza”.
“Ar totalitário”? O totalitarismo significa que o Estado suplanta a sociedade civil e “coloca a iniciativa privada de joelhos”, segundo os dizeres de Hitler, por exemplo.
O que o Tea Party quer é impedir a implementação de uma espécie de SUS nos EUA, o que acarretaria em uma enorme soma de dinheiro gasta para custeá-lo. E, é claro, impostos mais altos para bancá-lo. O que eles querem é impedir que o Estado tutele os planos de saúde, ou seja, os “coloque de joelhos”.
Ou seja, se quisermos rotular, o Tea Party teria até mesmo uma tendência “anti-Estado”. E a Mônica nos diz que ele é totalitário?
"Se Jesus Cristo buscasse o consenso, o cristianismo não existiria", disse Margaret Thatcher. Será que, para Mônica, a Dama de Ferro era totalitária e bons eram os membros do Partido Trabalhista britânico? Realmente estranho, baseando-se nesse seu outro artigo, no qual ela tece elogios a Thatcher.
Por fim, reparem em um último aspecto nesse parágrafo: ela fala de “pureza”. Qual é o efeito disso? Se não repararam, eu explico.
Ela está, implicitamente comparando os conservadores aos nazistas, pois estes buscavam a “pureza da raça” e aqueles a “pureza do discurso”. A comparação é ou não é uma vigarice, típica de esquerdistas histéricos?
“Surgem personagens como Ted Cruz, o Senador Republicano do Texas, o guerreiro implacável da luta pela derrocada do Obamacare, o político que produziu a façanha de monologar por 21 horas consecutivas há poucos dias”.
E o Obama? Um ninguém que, de uma hora pra outra passou a ser aclamado como um novo “messias” e ganhou um prêmio Nobel da Paz sem ter feito nada. Obama sim é uma façanha. Ted Cruz tem apenas uma capacidade incansável de discursar.
“O anátema que foi lançado contra a lei de reforma do sistema de saúde americano, o Affordable Care Act, conhecido como Obamacare, aprovada em 2010, culminou na paralisação do governo”. 
“Anátema”! Não sei, mas creio que a Mônica está usando essa palavra aqui para fazer uma referência implícita, assim como quem não quer nada, à Inquisição da Igreja Católica, às épocas medievais, a um tal “obscurantismo” etc, instantaneamente associados à intolerância, graças há décadas de doutrinação marxista nas escolas e universidades.
Tudo para assustar os bobos, os quais temem os dogmas católicos, mas abraçam sem medo o socialismo de Obama.
É o velho truque esquerdista (que vem desde o “Iluminismo”) de apelar para uma inexistente “Idade das Trevas”.
Outro comentário, antes que eu me esqueça: que maravilha esse país! O governo pode parar, mas a economia, ainda assim, cresce mais que o Brasil. Ou seja, a sociedade ainda é mais importante que o Estado.
“Para os que foram pegos de surpresa por esse desenlace e pelas enormes dificuldades de enxergar como o nó górdio será desatado, uma reportagem impactante do International Herald Tribune revelou que há três anos existe uma articulação intensa entre os grupos civis conservadores, como o Tea Party Patriots, o Americans for Prosperity, o Freedomworks, o Club for Growth, todos sustentados por empresários e indivíduos endinheirados que repudiam a lei de Obama”.
Não é uma graça? A Mônica, como analista de política americana é uma excelente economista.

Em primeiro lugar, Mônica faz, provavelmente sem saber, a clássica inversão revolucionária de defesa e ataque, alterando o senso das proporções e fazendo o uso puro e simples da ocultação. 

obamawarrenSão os republicanos ricos que repudiam o Obamacare não é? Mas então, o que falar do governo Obama, apoiado por gente “pobre” (ver aqui o ranking) como Bill Gates, George Soros (aqui e aqui também), Rockefellers, Warren Buffett (foto), Michael Bloomberg etc?
E o que dizer do grupo encabeçado por Buffet, chamado “Patriotic Millionaires for Fiscal Strength”, louvado pela Casa Branca?
Há até a “regra de Buffet” (Buffet rule), um artifício propagandístico para dizer o quão injusto é o sistema de arrecadação fiscal americano.
Fora a lista enorme de celebridades endinheiradas - encabeçada por Oprah Winfrey , a mais influente do mundo - que apoia Obama sem pestanejar. (aqui).

Não é a toa que Obama bateu recorde de arrecadação para sua campanha em 2008. Em 2012, a disputa foi acirrada, mas Obama venceu também em doações para sua campanha.

O que dizer a mais sobre esse estereótipo idiota? É a velha mania brasileira de entender TUDO errado, e pior, ao inverso.

Ricos só os republicanos, enquanto os democratas querem o “bem do povo”, aparentemente.

Por outro lado, se há vários grupos civis conservadores se organizando, qual é o problema? Na cabeça de Mônica, será que só pode haver ONGs de esquerda, como ocorre no Brasil?
Na verdade, ela ainda ajuda a desinformar mais, ao omitir a informação de que as organizações citadas foram investigadas pelos serviços de informação americano e tiveram a vida extremamente dificultadas pela Receita Federal sob ordens diretas dos Democratas.
Espionar os conservadores pode, não é Dona Mônica? E os totalitários são os pertencentes às organizações civis e não os democratas no poder? Haja má-fé!

Ou seja, perigosa é a articulação conservadora civil e não a enorme e desproporcional máquina governamental de espionagem.

Será que Mônica enlouqueceu? Ou será que ela anda lendo muito O Globo e a Folha de São Paulo? Bom, quem lê demais os jornais brasileiros acaba enlouquecendo mesmo.

Ou então, ela anda lendo o NY Times, democrata de carteirinha e, que por acaso, também é o dono do International Herald Tribune, autor da reportagem citada por ela.
Há, por fim, uma última hipótese, bastante plausível: ela anda lendo o “bordel jornalístico” chamado Opera Mundi.
Aí, eu pergunto aos meus botões: o que será que a Mônica está entendendo desse debate nos EUA? Se meus botões falassem, responderiam o seguinte: NADA!
“A razão principal é que a lei, supostamente, seria uma“afronta à liberdade de escolha”, já que estabelece padrões mínimos para os planos de seguro-saúde, proíbe que esses planos rejeitem o potencial usuário devido a problemas de saúde preexistentes e cria “mercados de troca”, em que os seguros são oferecidos, em certos casos, com o apoio de subsídios do governo”.
Supostamente? Além da óbvia tutela que o Obamacare quer implementarm haverá multas (ou melhor, impostos disfarçados) para quem não optar pelo modelo oferecido pelo governo americano. E Mônica diz sobre uma “suposta” afronta à liberdade”? Que palhaçada é essa?
Por outro lado, a professora esqueceu de dizer que a lei está sendo usada para promoção do aborto e distribuição de anticoncepcionais custeada por planos privados, uma especial agressão àqueles pertencentes à Igreja Católica e outras diversas entidades cristãs.
A lei não permite discordância e implica uma clara violação de consciência. Ou a instituição cristã segue suas crenças e descumpre a lei ou, então, abdica de suas crenças e cumpre a lei. Não há alternativa.
Nos EUA, TODO MUNDO sabe deste detalhe ardiloso. Até o então Papa Bento XVI, em janeiro de 2012, fez alusão ao Obamacare, sem mencioná-lo diretamente, mostrando que o plano permitiria acesso a todas as formas de contracepção aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA). Porém, no Brasil, ninguém nem pensa nisso. A nossa imprensa esconde.
Posso estar enganado, mas acho que na grande imprensa brasileira, apenas o meu artigo, de julho de 2012, noticiou as ações que a Igreja Católica moveu contra o Obamacare, tanto no site quanto no jornal impresso.
Outras fontes sobre o assunto aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui
“O Obamacare é o principal legado do atual Presidente. Rechaçá-lo, como querem diversas alas do Partido Republicano, não é uma opção”.
Não é uma opção por que? Os únicos sistemas nos quais “não há opção” são exatamente os regimes totalitários. Quer dizer que, caso você não concorde com o plano maluco do governo Obama, você não tem opção? É logo taxado de intolerante e totalitário?
Aqui, me permitam recordar da velha máxima de Herbert Marcuse: “Liberating tolerance would mean intolerance against movements from the Right and toleration of movements from the Left.”
Fico a pensar: será que, no Brasil, também nunca poderemos rechaçar ou criticar o “Bolsa Família”, pois é o principal legado de Lula? Ou também não poderemos criticar o “Mais médicos”, pois é o principal legado de Dilma? De acordo com a Mônica, aparentemente não.
“Os Republicanos condicionaram a aprovação do orçamento do ano fiscal que se iniciou há poucos dias à postergação da implantação da lei. Dizem que não vão arredar o pé. Isso é inaceitável para os Democratas, por razões óbvias. Daí o shutdown”.
Pois é. Lá nos EUA, não é como no Brasil, onde não há oposição. Democracia é isso, entendeu Mônica? É a possibilidade de não aprovar o orçamento. É a capacidade de tentar evitar a gastança de dinheiro público. É o legislativo ter o papel de contrabalançar o Executivo. É a luta por valores.
A democracia americana foi pensada justamente para tentar diluir ao máximo o poder político pelo maior número possível de pessoas e instâncias decisórias, de forma a não se ter uma tirania. Por isso, aprovar a lei orçamentária é um papel fundamental do poder legislativo. Em outras palavras, sob as leis americanas, o governo só pode gastar autorizado pelo Congresso.
Um presidente que pudesse arrecadar os impostos que quisesse  e gastar discricionariamente, na prática, exerceria uma espécie de despotismo.
Não custa lembrar para a Mônica, que um dos estopins para a independência dos EUA foi o aumento dos impostos da Coroa inglesa, gerando o movimento “No taxation without representation”.
Portanto, ao não aprovarem o orçamento e o condicionarem a postergação da aplicação da lei de saúde, a Câmara dos Representantes está fazendo o seu trabalho, conforme previsto pela Constituição e sua inspiração filosófica-política.
Se ainda não ficou claro, leia o Tio Rei:
“Na última semana, os jornais andaram repletos de matérias alarmistas sobre as implicações de um impasse político prolongado para as negociações em torno da elevação do teto da dívida americana. Se não houver acordo sobre esse tema até o dia 17 de outubro, o governo americano será obrigado a declarar a primeira moratória de sua história, com conseqüências imponderáveis para a economia americana e para os mercados globais”.
Agora começamos a entender a revolta de Mônica. Como boa brasileira, ela só pensa em dinheiro e em temas econômicos. Como nada mais importa – a não ser o dinheiro - ela não consegue compreender o que os republicanos estão fazendo.
O comentário de Olavo de Carvalho aqui (vejam a partir de 4 minutos e 30 segundos) é perfeito. Olavo constata o óbvio: o brasileiro de hoje só pensa em dinheiro. “Isso não é gente.”
Reparem que Mônica começa o artigo reclamando do “ricos republicanos” que não querem pagar o Obamacare, aparentemente – ela deixa implícito - por serem avarentos. Logo depois, ela diz que o impasse vai ter consequências econômicas terríveis, que suponho, deve afetar os interesses econômicos dos ricos.
Quer dizer, primeiro, os republicanos só pensam em economizar dinheiro dos impostos e depois, eles são irracionais a ponto de colocar seu dinheiro em risco provocando uma crise econômica?
Não é lindo poder acusar seu oponente de duas coisas diametralmente opostas e auto-excludentes?
Pelo visto a coerência foi passear na China não?
Curiosamente, para quem só está vendo o lado econômico, Mônica ignora a opinião do empresariado americano sobre a questão.
Semana atrás, por exemplo, o Livro Bege do Fed mostrou que muitos empresários estão preocupados com o aumento dos custos devido à implementação do Obamacare e isso também está afetando suas expectativas em relação aos negócios.
Por outro lado, donos de pequenos negócios também estão entrando na Justiça e outras instituições como a National Federation of Independent Business, a Alliance Defending Freedom, a Family Research Council, a Becket Fund for Religious Liberty, e a Pacific Legal Foundation também entraram com processos para impedir a entrada em vigor da lei.
Além das alegações relativas à 1ª emenda, as ações estão questionando o procedimento de aprovação da lei e a coerção estatal (daí o nome da campanha (“Take Big Government to Court”) que obriga o consumo de planos de saúde ditado pelo governo, sob pena de pagamento de multas.
Pelo visto, todo esse pessoal considera que rechaçar o Obamacare é uma opção.
“Os mercados continuam, ainda, embalados pela certeza de que alguma solução de última hora virá. É possível que se dêem conta, nas próximas semanas, de que isso talvez não ocorra antes que haja uma forte perda de valor dos ativos americanos”.
Claro. Está em jogo uma batalha enorme entre os conservadores e globalistas, na principal arena, que é os EUA. É claro que a economia vai sofrer. Um pequeno resumo, feito por Olavo de Carvalho, vai bem a calhar:
“Ainda que o desastre do calote seja evitado, o shutdown pode ser muito pior do que se imagina. Ele pode perdurar por semanas a fio, já que não parece haver uma estratégia de fim de jogo das partes envolvidas na débâcle”.
Sim, estamos presenciando uma brava luta de grupos conservadores contra todo o establishment globalista, todas as forças antiamericanas, toda a grande mídia e contra o staff universitário – com as honrosas exceções de sempre.
“A atual paralisação do governo pode vir a ser a mais longa da história, o que teria efeitos nefastos sobre a recuperação, forçando o Fed a adiar seus planos de tapering, de reduzir as compras mensais de títulos do Tesouro, por um bom tempo”.
Muito possível que sim. Mas até isso ajuda o Brasil, pois continua a inundar a economia mundial com dólares.
“Além dessas consequências do shutdown para a economia dos EUA, há repercussões geopolíticas extremamente relevantes e, possivelmente, preocupantes”.
Não há a menor sombra de dúvidas sobre isso. O que ela ainda não entendeu é que a política obâmica já deu um giro de 180 graus na política externa do país em vários pontos, cedendo terreno para os inimigos do país em TODAS os campos possíveis.
“Nos próximos dias, haverá duas reuniões de peso na Ásia – a Asia-Pacific Economic Cooperation Meeting e o Asian Summit. O Presidente Obama já deveria estar na Ásia encontrando líderes e fazendo os preparativos para essas reuniões, sobretudo porque a Ásia é uma região vital para os EUA – assim disse o líder americano recentemente. O direcionamento da política externa dos EUA para a Ásia, como forma de alavancar a retomada da economia, motivou a elaboração do Pacto Comercial de Parceria Transpacífica, para o qual a China não foi convidada a participar, e que deveria ser sacramentado até o fim do ano. Com a ausência de Obama, provocada pelo impasse em Washington, o Presidente Xi Jinping será a presença marcante das reuniões, e terá um amplo espaço para promover a sua Parceria Econômica Regional (Regional Comprehensive Economic Partnership), que não inclui os EUA.”
Sentiram como funciona a cabeça de Mônica? A ausência de Obama deve-se ao impasse criado pelos conservadores. Logo, o fato dos EUA perderem espaço na Ásia é culpa dos conservadores e não da incompetência de Obama. Não é lindo?
“Xi Jinping já está circulando pelos países asiáticos e já esteve na Indonésia, que sediará o encontro de cooperação econômica. Lá, o líder chinês anunciou a criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos de infraestrutura no Sudeste Asiático, em concorrência direta com o Asian Development Bank, instituição multilateral que atua há décadas na região. O novo banco de desenvolvimento chinês terá, inicialmente, um capital de US$ 50 bilhões para investir. Ele mostra inequivocamente a ambição da China de suplantar o Japão e os EUA como o país de maior relevância econômica e geopolítica na região. Embora muitos países asiáticos vejam isso com alguma desconfiança – afinal, a China tem anseios territoriais explícitos, sobretudo nos mares asiáticos –, vários parecem ter se desapegado da noção de que os EUA pudessem ter um papel significativo para equilibrar as forças sino-nipônicas”.
Eles se “desapegaram” dessa idéia graças à política de Obama de ceder em tudo. “Weakness invites aggression” nos diz, de forma acertada, Donald Rumsfeld, ex- secretário da Defesa dos EUA.
No caso atual, a fraqueza de Obama – sob ponto de vista do interesse americano, é claro – convida a China a movimentos cada vez mais ousados.
De qualquer modo, nenhuma surpresa. Obama foi “posto lá” pelos chineses. Aqui, vale um resuminho do Olavo, outra vez.
“O papel titubeante dos EUA em relação à Síria só aumentou essa impressão, agora reforçada pela ausência de Obama dos eventos na Ásia”.
Até que enfim alguma lógica não? Deve ter sido um lapso.
“Como disse um membro anônimo de um governo asiático para um grande jornal americano, ‘se os EUA não conseguem arrumar a própria casa, como podemos tratá-los como um parceiro confiável’?””.
De fato, a assertiva anterior foi um lapso. No parágrafo seguinte, Mônica já voltou ao “normal”. Reparem que, segundo o raciocínio de Mônica, a casa está desarrumada não pelas políticas obâmicas, mas sim por conta do “radicalismo” dos conservadores.
“Se muitos perdem com o isolacionismo americano decorrente do shutdown, ele claramente favorece a China”.
Claro, mas é isso mesmo que os globalistas querem. Nenhuma surpresa.
“Na China, se fala chinês. Nos EUA, se fala ‘radicalês’”.
Pois é. Na cabeça de Mônica, o governo comunista da China - com claras ambições imperialistas, algoz de mais de 65 milhões de seus próprios cidadãos, financiador do Vietcong, uma ditadura feroz até hoje, que trata seus cidadãos como mercadoria -, fala “chinês”.
E os “radicais” são os americanos conservadores? Isso seria um senso de moral invertido ou seria só burrice mesmo (combinada com má-fé), do tipo “Arnaldo Jabor”?
“Em comum, os dois têm uma homofonia que assegura a mudança constante de significados e sentidos ao sabor do momento e da necessidade.
O monólogo que resulta do “radicalês” é arbitrário, dissonante, desagregador e inútil”.
Eu diria que o artigo de Mônica de Bolle é “arbitrário, dissonante, desagregador e inútil”.
“Um debate abundante de tão pobre, tal qual muitos dos que se travam diariamente nas redes sociais”.
Ou se travam num blog, por exemplo, o Blog da Galanto. Saber que este artigo também foi publicado no jornal “O Globo” só piora a situação.
Não custa lembrar, que “Arnaldinho, o masturbador”, também publica com freqüência sobre a política nos EUA em “O Globo”. E sempre entende tudo ao contrário.
“E nele se perde a saúde da economia global”.
Ou seja, é melhor que os conservadores calem a boca, porque a única coisa que importa no mundo é a grana. Assim diz Mônica de Bolle.
Meus Comentários finais
Não é de se estranhar a reação de Mônica. Ela faz parte da turma liberal que assessora os tucanos, aparentemente com grandes afinidades em comum. Ora, os tucanos são de esquerda, progressistas. Sempre foram.
A divergência com o PT é apenas administrativa e na condução da economia. Por isso, a Turma da Mônica discorda das concepções econômicas do PT, mas concorda com todo o marxismo cultural em voga, que, aliás, o próprio PSDB iniciou no Brasil.
Por isso, a Turma da Mônica fica com raiva do Tea Party. Esses “republicanos reacionários” vão além do limite que lhes foi fixado pela turma progressista – a defesa técnica do liberalismo econômico não radical – e externam opiniões em assuntos culturais, morais, religiosos e filosóficos.
Na cabeça da Turma da Mônica, o Tea Party não deveria ser tolerado.
 
PS: Fico pensando...será que eu seria indelicado ao enviar um exemplar de “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” para a Mônica? Seria de grande ajuda!

21 de novembro de 2013
Rodrigo Sias, assim como a Mônica de Bolle, é economista, mas não acredita nos grandes jornais brasileiros (e nem americanos).

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