Estudo inédito realizado pelo professor do Insper e consultor da 4E consultoria, Juan Jensen, avalia o erro grotesco do PT na economia brasileira.
A Nova Matriz Econômica, política econômica intervencionista implementada nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), teria custado um total acumulado de R$ 7,4 trilhões de PIB.
O número pode parecer exagerado, sobretudo no momento em que discutimos uma reforma da Previdência robusta, capaz de economizar R$ 1,1 trilhão em 10 anos, mas o estudo de Jensen, publicado na coluna de opinião do site Money Times, apresenta dados para comprovar tal afirmação.
Segundo o artigo do pesquisador, entre 1999 e 2010, o Brasil registrou crescimento de 3,5% ao ano, um número semelhante a demais países vizinhos da América Latina.
Este período, avalia Jensen, corresponde aos anos em que o Brasil adotou o tripé de política econômica, voltado para a geração de superávits primários e baseado no sistema de metas de inflação.
A política do tripé econômico, ainda segundo Jensen, seria substituída pela Nova Matriz Econômica a partir de 2011.
O programa adotou uma série de medidas intervencionistas sobre a economia, visando “aumentar o crescimento doméstico num contexto de certa fraqueza da economia global após a crise de 2008/09”.
Entre as medidas intervencionistas adotadas estavam políticas de subsídios de preços da eletricidade e combustíveis, desonerações de tributos à industria, juros baixos incentivados por bancos públicos e política cambial de desvalorizações.
Jensen considera que estas medidas teriam agravado as contas públicas e o grau de endividamento público.
“Com alguns desequilíbrios já aparentes, como a alta da inflação, o governo decidiu subsidiar alguns preços, como energia e combustíveis, piorando o problema fiscal, que sai de superávits primários acima de 3% do PIB para recorrentes déficits, tendo chegado a -2,5% do PIB em 2016”, avalia o pesquisador, segundo o Boletim da Liberdade.
06 de maio de 2019
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