Enquanto tenta acalmar os ânimos da classe artística com as mudanças na Lei Rouanet, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, não poupa palavras para denunciar a narrativa dos críticos.
Em entrevista recente, o ministro Osmar Terra disse que “não é porque é artista que não precisa prestar contas”, que o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), um de seus maiores críticos, “quer nomear todo mundo no ministério” e que ele recebeu do presidente Jair Bolsonaro “liberdade de dizer não às indicações até do vice-presidente”, tanto que demitiu um apadrinhado do general Hamilton Mourão.
Questionado sobre a redução do limite de captação de recurso da Lei Rouanet, o ministro da Cidadania respondeu:
“Não estamos limitando a doação. Estamos estabelecendo um limite na captação. O valor vai circular pelo País, sair do circuito Rio-São Paulo e disseminar pelo Nordeste, Sul, Norte. No Nordeste, onde tem 26% da população, há menos de 4% de incentivos da Lei.”
A entrevistadora acrescentou que “a classe artística diz que está sendo criminalizada pelo governo. Como o senhor responde?”.
Osmar Terra rebateu:
“Estamos fazendo um pente-fino nas contas. Tinha muita prestação de contas ruim. Tem gente que morreu sem prestar conta. Mas isso é dinheiro público e tem de ter o mínimo de controle. Não posso dizer que só porque é artista não precisa prestar conta.”
Ele citou um exemplo:
“Tem um musical que arrecadou R$ 13 milhões, cobriu toda a despesa e faturou R$ 15 milhões livres. Qual foi o benefício para a população? Eles pagaram caro para assistir. Ah, mas vão dizer que tem 10% de gratuidade. Isso não funciona. Esses ingressos grátis estavam nas mãos de ONGs que nem sei quais são. Tinha uma que trocava o ingresso por lata de leite condensado.
06 de maio de 2019
renova mídia
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