Após a denúncia contra o presidente Michel Temer ser lida na Câmara dos Deputados, o chefe do governo prorrogou o prazo de pagamento de emendas parlamentares impositivas referentes ao exercício financeiro de 2015. O limite para o pagamento dos chamados restos a pagar expirava nesta nesta sexta-feira (30), mas foi estendido até o final de novembro.
A prorrogação foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União”. O valor total dos recursos não foi informado pela gestão peemedebista.
ESQUEMA – Nos últimos dias, o Palácio do Planalto tem atuado para garantir que a denúncia por corrupção passiva apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja barrada.
O governo peemedebista avalia, por exemplo, substituir o presidente de Furnas para atender a um pedido do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que será responsável por escolher o relator da denúncia contra o presidente.
Para garantir uma vitória na comissão parlamentar, dois deputados federais foram substituídos por nomes próximos ao Palácio do Planalto, assegurando votos favoráveis ao presidente. E o presidente mobiliza a base aliada a garantir quórum mínimo de segunda a sexta nas próximas duas semanas para conseguir votar denúncia contra ele na Câmara dos Deputados antes do início do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho.
ACELERANDO – Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de discussão e aprovação do parecer.
O esforço é que a votação em plenário ocorra no dia 13 ou 14 de julho. A ideia do presidente era tentar adiar o início do recesso parlamentar, mas a proposta tem encontrado resistência até mesmo na base aliada.
Para garantir a presença de deputados governistas nas segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma política suja, imunda, mas dentro da lei. Ao adiar as emendas parlamentares que destinam recursos para obras nos redutos dos deputados, Temer os pressiona para que votem contra o processo criminal, caso contrário o dinheiro não será liberado. O mais incrível é oferecer à presidência de Furnas ao deputado Rodrigo Pacheco, que preside a Comissão de Constituição e Justiça. Outros cargos de segundo escalão estão sendo oferecidos a deputados. No caso do presidente da Comissão, o motivo é fazer com que ele escolha um relator favorável a Temer, vejam a que ponto caiu o nível da política brasileira. É uma podridão que fede a quilômetros de distância. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma política suja, imunda, mas dentro da lei. Ao adiar as emendas parlamentares que destinam recursos para obras nos redutos dos deputados, Temer os pressiona para que votem contra o processo criminal, caso contrário o dinheiro não será liberado. O mais incrível é oferecer à presidência de Furnas ao deputado Rodrigo Pacheco, que preside a Comissão de Constituição e Justiça. Outros cargos de segundo escalão estão sendo oferecidos a deputados. No caso do presidente da Comissão, o motivo é fazer com que ele escolha um relator favorável a Temer, vejam a que ponto caiu o nível da política brasileira. É uma podridão que fede a quilômetros de distância. (C.N.)
01 de julho de 2017
Gustavo Uribe
Folha
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