"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

EM COMPARAÇÃO AO BRASIL, CORRUPÇÃO NA CORÉIA DO SUL É MUITO AMADORÍSTICA




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A presidente Park era manipulada pela melhor amiga
A presidente coreana, Park Geun-hye, cujas funções foram transferidas para o primeiro-ministro, é acusada de ter se deixado influenciar por sua amiga e confidente Choi Soon-Sil, acusada de corrupção. Choi Soon-Sil está detida e é acusada de ter utilizado sua amizade com Park para extrair enormes somas de grandes conglomerados sul-coreanos, incluindo Samsung.
E uma filha de Choi Soon-Sil, chamada Chung Yoo-Ra, foi detida no domingo (dia 1º) na Dinamarca, porque seu visto estava vencido. O Ministério Público coreano informou que está em negociações com as autoridades dinamarquesas para que Chung, de 20 anos, seja deportada.
ESTRANHA FAMÍLIA – A corrupta Choi é filha de uma misteriosa figura religiosa, Choi-Tae-Min, chefe autoproclamado da Igreja da Vida Eterna. Ele havia se convertido no mentor da presidente afastada Park Geun-hye após o assassinato da mãe dela, em 1974.
Segundo a imprensa, Choi Soon-Sil teria herdado de seu pai, que morreu em 1994, a influência pouco apropriada sobre a presidente. E após o escândalo, Choi se tornou conhecida como a “Rasputina” da Coreia do Sul.
Em função desse escândalo, no início de dezembro o Parlamento da Coreia do Sul aprovou o impeachment de Park Geun-Hye.
FALTA A SENTENÇA – O impeachment, aprovado por 234 votos a favor e 56 contrários, transferiu imediatamente os poderes de Park ao primeiro-ministro, à espera da sentença do Tribunal Constitucional, que deve ratificar ou invalidar a decisão parlamentar.
A definição pode demorar seis meses, período em que Park poderá permanecer na residência presidencial, a Casa Azul. E a situação pode prolongar a crise política.
PERDÃO PELO CAOS – Pouco depois da votação, Park Geun-Hye pediu perdão pelo “caos” político no país e solicitou ao governo que permaneça vigilante.
Park, 64 anos, entra para a história como a primeira presidente sul-coreana eleita democraticamente a não concluir o mandato de cinco anos. Um desenlace inesperado para a política, filha do ditador Park Chung-Hee, que fez campanha como uma candidata incorruptível, que não devia nada a ninguém e estava “casada com a nação”.
IGUAL AO BRASIL – O processo de destituição é resultado de semanas de crise, durante as quais milhões de pessoas saíram às ruas para pedir aos partidos políticos o afastamento de Park.
A pressão da opinião pública foi fundamental para que um número suficiente de deputados do partido conservador da presidente, o Saenuri, decidissem apoiar a moção ao lado da oposição.
A corrupção na cúpula do poder tem sido um grande obstáculo para a democracia sul-coreana e o palácio presidencial não é exceção.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A corrupção é um fenômeno universal, que atinge todos os países, com maior ou menor incidência. No caso da Coreia do Sul, o nível de corrupção é amadorístico e chega a ser ridículo quando comparado à situação do Brasil, que deixa no chinelo qualquer esquema alienígena.  (C.N.)

03 de janeiro de 2017
Deu no Correio Braziliense
(France Presse)

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