EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO SUPERA IMPORTAÇÃO PELA 1ª VEZ NA HISTÓRIA
A conta-petróleo, que registra as exportações e importações brasileiras de petróleo e derivados, encerrou 2016 com saldo positivo de US$ 410 milhões. É o primeiro superávit da história da conta, tradicionalmente deficitária. O resultado foi divulgado hoje (2), junto aos dados da balança comercial, que registrou um superávit recorde de US$ 47,69 bilhões no ano passado.
O déficit na conta-petróleo ocorria historicamente porque o Brasil importa mais do que exporta petróleo para o resto do mundo. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o déficit médio registrado desde 1997 está na casa dos US$ 5 bilhões por ano.
O ponto fora da curva em 2016 tem relação com três fatores: redução na cotação internacional do petróleo, queda nas importações em função da redução no consumo causada pela crise e aumento na quantidade produzida para exportação. “A conclusão é que o superávit de 2016 é conjuntural e não estrutural”, explica Abrão Neto, secretário de Comércio Exterior do ministério.
Neto lembra que nos anos de 2013 e 2014 também ocorreram distorções na conta-petróleo causadas por fatores conjunturais, com a diferença de que acarretaram déficits recordes em vez de superávit. Em 2013, a conta teve saldo negativo de US$ 20,39 bilhões e, em 2014, de US$ 16,97 bilhões.
“Esses déficits têm explicação quase igual à do superávit, mas com sinal trocado. Na ocasião, nós tivemos cotação do preço do petróleo muito elevada. Houve aumento da importação brasileira com as termelétricas e a frota [de veículos] atingindo número recorde. Também tivemos redução das exportações, com menor produção em razão da parada programada para a manutenção das plataformas”, explicou.
Segundo dados do ministério, o preço do petróleo bruto registrou queda de 14,8% em 2016 na comparação com 2015. A commodity ensaiou uma recuperação no segundo semestre do ano passado, que deve continuar em 2017, segundo as principais projeções para o setor.(ABr)
03 de janeiro de 2017
diário do poder
O RESULTADO FOI DIVULGADO JUNTO AOS DADOS DA BALANÇA COMERCIAL FOTO: ARQUIVO EBC |
A conta-petróleo, que registra as exportações e importações brasileiras de petróleo e derivados, encerrou 2016 com saldo positivo de US$ 410 milhões. É o primeiro superávit da história da conta, tradicionalmente deficitária. O resultado foi divulgado hoje (2), junto aos dados da balança comercial, que registrou um superávit recorde de US$ 47,69 bilhões no ano passado.
O déficit na conta-petróleo ocorria historicamente porque o Brasil importa mais do que exporta petróleo para o resto do mundo. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o déficit médio registrado desde 1997 está na casa dos US$ 5 bilhões por ano.
O ponto fora da curva em 2016 tem relação com três fatores: redução na cotação internacional do petróleo, queda nas importações em função da redução no consumo causada pela crise e aumento na quantidade produzida para exportação. “A conclusão é que o superávit de 2016 é conjuntural e não estrutural”, explica Abrão Neto, secretário de Comércio Exterior do ministério.
Neto lembra que nos anos de 2013 e 2014 também ocorreram distorções na conta-petróleo causadas por fatores conjunturais, com a diferença de que acarretaram déficits recordes em vez de superávit. Em 2013, a conta teve saldo negativo de US$ 20,39 bilhões e, em 2014, de US$ 16,97 bilhões.
“Esses déficits têm explicação quase igual à do superávit, mas com sinal trocado. Na ocasião, nós tivemos cotação do preço do petróleo muito elevada. Houve aumento da importação brasileira com as termelétricas e a frota [de veículos] atingindo número recorde. Também tivemos redução das exportações, com menor produção em razão da parada programada para a manutenção das plataformas”, explicou.
Segundo dados do ministério, o preço do petróleo bruto registrou queda de 14,8% em 2016 na comparação com 2015. A commodity ensaiou uma recuperação no segundo semestre do ano passado, que deve continuar em 2017, segundo as principais projeções para o setor.(ABr)
03 de janeiro de 2017
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