"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

HOSPÍCIO QUE VIROU CIRCO

Brasília - Lembro-me que meses antes da reeleição do Lula, uma pesquisa publicada pelo Ibope constatava que o brasileiro dava pouca importância à corrupção. Dizia claramente que o politico desonesto não influenciava no seu voto. Pois bem, quase dez anos depois, boa parte desses brasileiros continua coerente com as suas declarações aos novos pesquisadores do instituto. Que coisa admirável, que povo determinado. Mesmo depois de toda essa lambança do PT, 21% da população votariam no Lula se as eleições fossem hoje. Repito: que coisa admirável, que povo determinado que não abandona seu ídolo, seu messias, o Deus de todos os pobres. Que coisa impressionante!

Desconfio que entre esses 21% que querem a volta do Lula, evidentemente estão os intelectuais e os artistas beneficiários dos incentivos fiscais que foram ao Palácio do Planalto apoiar a Dilma. Mesmo que não aprovem o governo dela, como disse “sabiamente” a atriz Leticia Sabatella para delírio da plateia. Mas não se espante gente, esse pessoal apoia o PT porque não quer ver a sua “democracia” em perigo. Isso mesmo, essa democracia emporcalhada, corrompida e destroçada por uma gang que se apossou do país e não quer largar o osso. O povo que se lixe, a democracia é deles, apenas deles.

Falam em democracia como se eles tivessem descoberto o regime, a palavra, a forma de governo. Fecham os olhos e tapam o nariz para a sujeira, os escândalos, a desonestidade e os malfeitos da quadrilha chefiada por Lula e Dilma. Não querem enxergar, por exemplo, que a corrupção, o maior malefício de uma sociedade, transforma os mais pobres em miseráveis; corrói o salário e desemprega; reduz a comida na mesa do trabalhador; acaba com os remédios; e sucateia os hospitais, as escolas; aumenta a violência e acaba com o sonho de uma geração.

Não, não passa pela cabeça desses energúmenos que esta década perdida só vai se recuperar com outra década se o país arrumar a sua economia até lá e inibir a corrupção. Nesses 21% que pedem a volta do Lula certamente estão aqueles que mamam nas tetas do governo. Formam, na verdade, a elite escorraçada pelo próprio Lula que a despreza, mas que a usa para fazer jogo de cena.

Fico realmente estupefato quando vejo na mídia um cara como o Chico Buarque de braço dado com a corrupção, aparecendo em palanques públicos para defender o indefensável, um governo que apodrece a céu aberto para mais de 90% da população. De que lado estão caras como ele? Será que não enxergam, como a maioria do povo brasileiro, que este governo é incompetente, incapaz, desonesto e nocivo ao país? Ou será que ainda querem tirar um pedacinho do que sobra para rechear suas contas lá fora independente de saber se o brasileiro comum aguenta tanta desgraça, tanto roubo, tanto desmantelo.

Acompanhar a quadrilha petista sob o pretexto de que está defendendo a democracia é tentar escamotear descaradamente a conivência com corrupção. É ignorar que a Dilma está usando bilhões do dinheiro público para comprar os votos e a omissão dos parlamentares para se livrar do impeachment. É enxergar a corrupção com olhos benevolentes. O povo brasileiro, que se influencia por esses artistas, está abandonado por esses ídolos de papel que preferem as benesses das estatais à defesa do patrimônio público.

É lamentável vê que a Dilma, no papel de Maria Louca, armou um circo dentro do Palácio do Planalto, onde repete insistentemente, como uma tresloucada, as mesmas frases de sempre de que tirá-la do poder é golpe, como se alguém estivesse ferindo de morte as instituições. É para esse circo que ela convoca artistas e intelectuais para encenar suas peças dentro do palácio, o hospício que reúne hoje os mais periculosos doentes mentais do país.

15 de abril de 2016
Jorge Oliveira

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