"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de março de 2016

JANOT PEDE AO STF ABERTURA DO SÉTIMO INQUÉRITO CONTRA RENAN

PGR QUER INVESTIGAR SUPOSTA ENTREGA DE DINHEIRO SUJO AO SENADOR

O SENADOR RENAN CALHEIROS INFORMOU QUE HÁ ZERO CHANCE DE HAVER PARTICIPADO DE IRREGULARIDADES. (FOTO: JONAS PEREIRA)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de mais um inquérito contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no âmbito da Operação Lava Jato. Esta é a sétima ação que tramita na Corte para investigar o envolvimento do peemedebista com o esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo informações da PGR, o pedido teve origem com base na delação premiada feita por Carlos Alexandre de Souza Rocha. Conhecido como Ceará, ele era uma das pessoas responsáveis, segundo investigações, por entregar dinheiro do doleiro Alberto Youssef. O novo inquérito instaurado vai investigar valores provenientes de propinas do esquema que foram repassados ao presidente do Senado. A intenção é averiguar se houve crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Na delação, Ceará cita conversas em que o doleiro Youssef mencionou pagamentos feitos para Renan Calheiros. Em uma delas, Youssef teria dito que repassaria R$ 2 milhões ao peemedebista para evitar a instalação de uma CPI que investigasse a Petrobras

O entregador de dinheiro, entretanto, não soube precisar aos investigadores o ano em que a conversa teria ocorrido, tampouco se o pagamento foi efetivamente realizado. De acordo com o delator, a CPI não foi instalada naquela ocasião.

Em seu depoimento, o entregador de dinheiro de Youssef também mencionou uma operação com entrega de R$ 1 milhão em Maceió, capital do Estado de Renan. Depois de toda a operação, que envolvia retirada de dinheiro em Recife (PE) e entrega em Alagoas, Youssef teria dito a Ceará que o dinheiro seria destinado ao senador.

O montante foi entregue em duas parcelas em um saguão de hotel para um homem que o emissário de Youssef não sabe identificar. A terceira menção a Renan feita pelo delator quando ele fala sobre a operação de venda da empresa Marsans, adquirida por Youssef, a um fundo de pensão. De acordo com o entregador de dinheiro, o doleiro disse que "havia a participação de Renan Calheiros nessa operação".

'Zero chance'

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do presidente do senado afirmou que é "zero a chance" do senador "ter participado ou cometido irregularidades". Renan também reafirmou que não conhece nem Youssef nem a pessoa "denominada como Ceará".

Recentemente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ter a intenção de investigar uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões do presidente do Senado que supostamente seria incompatível com a renda do parlamentar.

A movimentação financeira foi identificada no curso da investigação sobre um suposto recebimento de propina pelo parlamentar para pagar despesas pessoais, especificamente a pensão de uma filha tida em um relacionamento com a jornalista Monica Veloso.

O caso, em trâmite no STF desde 2007, já motivou o oferecimento de uma denúncia por parte da Procuradoria-Geral ao Supremo Tribunal Federal. A procuradoria acusa o senador de receber dinheiro da construtora Mendes Júnior.



12 de março de 2016
diário do poder

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