"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de março de 2016

CONVENÇÃO É PONTO DE PARTIDA DO DESEMBARQUE DO PMDB DO GOVERNO

CONVENÇÃO NACIONAL DO PMDB MARCA INÍCIO DO ROMPIMENTO COM O PT

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MICHEL TEMER, DEVE SER REELEITO PRESIDENTE DO PMDB. FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR


A convenção nacional de hoje será o ponto de partida do desembarque do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff, avaliam líderes da legenda. A cúpula da legenda decidiu que o processo de abandono deve durar um mês, até que o diretório nacional do partido se reúna para sacramentar o rompimento.

"Não vai ser definido amanhã (hoje) porque não está pautado. Vamos dar um passo adiante porque vamos submeter ao plenário uma proposta para decidir em 30 dias", afirmou Eliseu Padilha, ex-ministro do governo Dilma e um dos principais articuladores do PMDB.

A decisão de estabelecer esta espécie de "aviso prévio para o governo" envolveu uma série de reuniões com o vice-presidente da República, Michel Temer (SP), os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), além do ex-presidente da República José Sarney (AP) - que deverá ser escolhido presidente de honra do partido.

Além de não estar na pauta oficial, peemedebistas dizem querer evitar o desgaste de anunciar o desembarque e, na próxima semana receber mais um ministério: a Secretaria de Aviação Civil, prometida à bancada de Minas Gerais em troca de apoio à recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do partido na Câmara.

Os peemedebistas querem também ter a garantia de que o "divórcio" será aprovado, apesar de acreditarem que terão apoio da maioria do diretório nacional. O PMDB tem atualmente, além da Vice-Presidência, seis ministérios - Saúde, Ciência e Tecnologia Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Portos. Se o desembarque se confirmar, os ministros serão orientados a deixar as respectivas pastas.

A ala oposicionista acredita que os focos de resistência serão pontuais, pois a maioria aceitará abrir mão do cargo tendo em vista a perspectiva de que Temer assuma a Presidência, caso Dilma seja derrotada no processo de impeachment no Congresso. Ao longo dos próximos 30 dias, a orientação é não intervir no processo de decomposição do governo. Os parlamentares deverão ser oficialmente liberados para não votar de acordo com os interesses do Planalto. (AE)


12 de março de 2016
diário do poder

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