"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

RÚSSIA INADIMPLENTE NA ARGENTINA!


Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia, mas não viu o dinheiro prometido.
Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia, 
mas não viu o dinheiro prometido.


Vladimir Putin vem elogiando o governo nacionalista-populista de Cristina Kirchner como o seu melhor aliado na América Latina e assinou com ele dezenas de acordos, inclusive econômicos.

Mas eis que chegada a hora de sair da conversa e pôr o dinheiro prometido sobre a mesa, este não apareceu...

A Rússia não tem fama de cumprir acordos que não sejam de grande interesse para ela. Além do mais, sua economia vai se afundando aceleradamente após a invasão da Ucrânia, de um lado pelas respostas econômicas do Ocidente, e de outro, em grande medida, pela baixa cotação do barril de petróleo.

Assim, na hora combinada, o banco russo Vnesheconombank (Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Exteriores, equivalente ao BNDES), que devia bancar com até 85% do custo da barragem de Chihuido, em Neuquén, Patagônia, não depositou os US$ 2,6 bilhões prometidos, segundo noticiou Clarín de Buenos Aires. 

O presidente russo tinha marcado uma conferência internacional para anunciar o histórico empréstimo como parte de sua promoção propagandística no continente. Mas não havia dinheiro...

A inesperada inadimplência também gerou problemas na Argentina, onde o governo da Província (equivalente a um estado brasileiro) protestou diante do governo nacional, responsável pelo acordo.


Muitos papéis assinados e muitas promessas feitas, mas a Rússia ficou inadimplente
Muitos papéis assinados e muitas promessas feitas, 
mas a Rússia ficou inadimplente

O fiasco russo foi envolvido numa cortina de fumaça burocrática, tendo o ministro do Planejamento, Julio De Vido, modificado o plano assinado. O fato caiu mal para as partes engajadas, estabelecendo-se uma confusão atribuída ao não cumprimento.

Porém, o governo de Neuquén acredita que isso não passa de manobra para esconder o fracasso do banco estatal russo.

O ministro De Vido foi a Moscou para falar com as autoridades desse banco e assinar uma porção de papéis para mostrar à imprensa. Mas, dinheiro mesmo, nada!

O banco russo também complicou o processo argüindo inesperados problemas de controle burocrático na construção da barragem.

Só faltou o Vnesheconombank mendigar dinheiro à Argentina...

08 de julho de 2015
in flagelo russo

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