CNBB CRITICA A OPERAÇÃO LAVA JATO E A “POLITIZAÇÃO” DA JUSTIÇA
Na primeira análise política pós-eleição, semana passada, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) critica indiretamente a condução da Lava Jato e vê “politização da Justiça”, “que coloca em risco o ordenamento constitucional”. “Estabelece-se um rito sumário de condenação, agravando direitos fundamentais.”
Sem citar a operação Lava Jato, diz a entidade da Igreja Católica que “instrumentos excepcionais como a delação premiada tornaram-se objeto de pressão sobre acusados”. As práticas, sob “holofotes da grande mídia, transformam réus confessos em heróis”, assinala o texto.
A entidade também chama de “controvertida” a manobra adotada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na votação do financiamento privado de campanha, depois repetida semana passada, na redução da maioridade penal. “O tema renasceu 24 horas depois, numa estratégia regimental”, afirma a CNBB.
08 de julho de 2015
Vera Magalhães
Folha
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