Em votação secreta, 81 senadores terão de escolher entre o Brasil decente e o país com que sonha o verdadeiro Luiz Fachin
Com o apoio de 20 dos 27 votantes, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a entrega da toga que pertenceu a Joaquim Barbosa ao candidato de Dilma Rousseff. Apenas sete eleitores ouviram o clamor do Brasil decente, inconformado com a insistência da presidente em transformar o Supremo Tribunal Federal num escritório de advogados a serviço do Planalto. Os demais senadores endossaram a ampliação da bancada governista. E chancelaram mais uma fraude.
Quem apareceu para a sabatina desta terça-feira não foi o doutor que caiu nas graças de Dilma por defender perigosas ideias de jerico. Esse ficou em Curitiba. E foi substituído pelo seu oposto. Durante 12 horas, Fachin discordou de tudo o que Fachin escreveu. A versão escrita parece nascida para comandar a nau dos insensatos. A versão oral lembra um avô que fala difícil e já dava conselhos sábios aos parceiros de berçário.
Ainda não se consumou o final indesejado pelo país que presta, habitado por multidões que se recusam a pagar em silêncio a conta da roubalheira e da inépcia. Há uma votação secreta no meio do caminho que leva ao STF. E, como adverte o vídeo de 4 minutos, os senadores terão de escolher entre a voz rouca das ruas e os sussurros dos inimigos do Estado Democrático de Direito; entre o Brasil decente e o desenhado nos sonhos clandestinos de Luiz Fachin.
Até lá, todos os inquilinos da Casa do Espanto estarão sob estreita vigilância. É bom que tenham juízo.
13 de maio de 2015
Por Augusto Nunes - Veja Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário